Fortunati: metrô de Porto Alegre será 'exemplo no mundo'
- Marcus Bruno
- Direto de Porto Alegre
Um evento realizado na prefeitura de Porto Alegre na tarde desta segunda-feira abriu o processo para que as empresas concorrentes à licitação do metrô da capital manifestem interesse. O prefeito José Fortunati, candidato à reeleição pelo PDT, participou do evento, fixou datas e, entusiasmado com a evolução do projeto, declarou que o metrô, de modelo leve, será um "exemplo no mundo".
Conheça o projeto do Metrô de Porto Alegre
Ele anunciou que as empresas têm até o dia 12 de novembro para apresentar as propostas. No primeiro trimestre do ano que vem, será selecionado o melhor projeto e publicado o edital; no terceiro semestre, espera o prefeito, começam as obras. O consórcio vencedor será responsável pela construção e depois pelas operações metroviárias por 30 anos.
A dúvida é se a obra vai ser executada executada com escavações comuns (de cima para baixo) ou com a técnica Shield EPB (sigla para Escavadeira de Pressão Balanceada), apelidada de tatuzão, a mesma que será usada na Linha 4 do metrô de São Paulo. Fortunati explica que as concessionárias deverão decidir pela melhor alternativa, mas se mostrou inclinado pela segunda. "Com o Tatuzão, as obras ficam prontas mais rápido, é melhor para a cidade."
O prefeito ressaltou que o projeto porto-alegrense, de composições mais leves que as tradicionais, é mais econômico e eficiente. Destacou que será "um exemplo de metrô leve no mundo". O modelo considera uma tecnologia de transporte segregada do sistema viário, apontada como a melhor escolha para atender à demanda da cidade.
Mesmo em plena campanha eleitoral, Fortunati não deixou de ressaltar o empenho dos governos federal e estadual, ambos do PT, partido do candidato Adão Villaverde, concorrente do prefeito. "Foi a coalisão de esforços (dos três Poderes) que tornou esse projeto possível.
O metrô de Porto Alegre
O metrô da capital gaúcha, com obras prometidas para iniciar no terceiro trimestre de 2013, é orçado em R$ 2,4 bilhões. Prevê investimento de R$ 600 milhões da prefeitura, R$ 300 milhões do governo do Estado e R$ 1 bilhão da União, além de R$ 323 milhões de financiamento privado e R$ 265 milhões em isenções tributárias.
A malha metroviária deverá atender diariamente 310 mil passageiros, em média. Serão 25 composições, formadas cada uma por quatro carros que transportam em média 270 pessoas cada.
Segundo a prefeitura, o metrô será integrado ao sistema de ônibus Bus Rapid Transit (BRT), em implantação nas avenidas Bento Gonçalves, Protásio Alves, João Pessoa e Padre Cacique, além da conexão com a rede metropolitana, principalmente ligando as cidades de Cachoeirinha, Alvorada e Gravataí. O superintendente da Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan), Oscar Escher, disse que ideia é integrar as 32 cidades que compõem a capital e região, e que os passageiros utilizem um bilhete único.
A primeira fase, estimada em 14,8 km e 13 estações, compreende as avenidas Assis Brasil, Brasiliano de Moraes, Benjamin Constant, Cairú, Farrapos, rua Voluntários da Pátria, Largo Glênio Peres e avenida Borges de Medeiros.