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Funcionários do IBGE fazem protesto antes de reunião no RJ

6 ago 2014 - 13h39
(atualizado às 13h40)
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Dezenas de servidores em greve do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estão reunidos em frente à sede da instituição, no Centro do Rio de Janeiro. Eles aguardam uma reunião com representantes do Ministério do Planejamento e da diretoria do órgão programada para hoje, às 15h. O objetivo é negociar o fim da paralisação nacional, que dura mais de dois meses. A greve da categoria afeta pesquisas importantes do IBGE, como a que mede o desemprego no País.

<p>A diretoria do IBGE se reunirá com o ministério do Planejamento, para tentar negociar o fim da greve, por isso, alguns funcionários estão acampados no centro do Rio de Janeiro</p>
A diretoria do IBGE se reunirá com o ministério do Planejamento, para tentar negociar o fim da greve, por isso, alguns funcionários estão acampados no centro do Rio de Janeiro
Foto: Agência Brasil

A categoria pede a readmissão dos cerca de 190 trabalhadores demitidos durante a greve e a regularização da contratação de profissionais temporários. O Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Fundações Públicas Federais de Geografia e Estatística (Assibge) denuncia a substituição de servidores efetivos por temporários, com condições de trabalho precárias, salários mais baixos e assédio moral. Para a categoria, a prática fragiliza o IBGE. 

“No contrato temporário, a pessoa deve trabalhar em pesquisas sazonais. Na prática, eles fazem todas as pesquisas, como qualquer outro efetivo e, se o chefe da agência determinar outras funções, como dirigir o carro da instituição – sem manutenção e sem seguro - a pessoa não pode se recusar, sob o risco de não ter o contrato renovado”, exemplificou a diretoria da Assibge, Ana Magni. Segundo ela, o piso dos temporários é R$ 1,2  mil e dos efetivos, R$ 3 mil.

Nas contas do sindicato, 5,7 mil trabalhadores do IBGE, em todas as unidades, são efetivos, sendo que 4 mil vagas serão abertas por profissionais que estão para se aposentar. Já os temporários, somam 4,7 mil. “Pela lei, as contratações temporárias são para pesquisas sazonais de interesse público, como o Censo. Agora em todas as pesquisas, para acumular funções, é mera substituição de força de trabalho efetiva por força de trabalho barata e precária”, reforçou Ana.

Estão mobilizados para acompanhar a reunião com o Planejamento servidores de diversas unidades, como os de São Paulo, que vieram em caravanas para o Rio. A perspectiva é que o governo sinalize com grupos de Trabalho para discutir a carreira dos servidores e a regularização dos temporários. O Assibge quer que o governo acerte prazos para colocar em prática as decisões.

O IBGE confirmou que a Pesquisa Mensal do Emprego, que mede a taxa de desemprego em seis regiões metropolitanas, foi prejudicada nos dois meses de greve. Já a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua teve problemas em junho. O órgão disse que deve se pronunciar sobre a greve depois de reunião com a categoria e o Planejamento.

Agência Brasil Agência Brasil
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