Funcionários do Metrô e CPTM adiam greve para tentar acordo
Metroviários farão nova assembleia na próxima segunda-feira para decidir se entram em greve na terça
Em assembleias realizadas na noite desta terça-feira, os funcionários do Metrô e da Companhia de Trens Metropolitanos (CPTM) decidiram não parar as atividades amanhã e, assim, manter as negociações de reajuste salarial com as companhias.
As categorias farão novas assembleias na semana que vem e poderão decidir pela greve caso considerem que não houve avanço nas negociações. No caso dos metroviários, a assembleia será realizada na segunda-feira (dia 1º), com possibilidade de greve na terça (dia 2) - na segunda haverá uma nova audiência de conciliação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), e a expectativa é sensibilizar o governo de São Paulo para as reivindicações da categoria.
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Os metroviários pedem reajuste de 8,24% mais 9,49% de aumento real, mas o Metrô oferece 7,21% de aumento salarial. A categoria também pede reajuste no vale-refeição (10,08%), aumento no vale-alimentação (de R$ 290 para R$ 422,84), redução da jornada de trabalho de 40 horas para 36 horas e, ainda, reintegração de todos os trabalhadores demitidos na greve de 2014.
Ontem, o TRT sugeriu um aumento de 8,82% à categoria, mas o Metrô ainda não informou se está disposto a aceitar a sugestão. De acordo com o presidente do sindicato dos metroviários, Altino de Melo Prazeres, "a proposta do tribunal é insuficiente, mas dá para trabalhar".
Prazeres disse ainda que o TRT pediu que a categoria aguardasse a próxima audiência de conciliação para decidir por deflagrar uma greve ou não e, em nome da diretoria do sindicato e do conselho consultivo, disse "concordamos em esperar até segunda".
CPTM
Os ferroviários também vão esperar uma nova reunião de conciliação no TRT, marcada para a próxima terça-feira (2), e uma assembleia no mesmo dia definirá se haverá greve na quarta (3).
As assembleias realizadas hoje em três sindicatos dos ferroviários (Sindicato dos Ferroviários de São Paulo, Sindicato dos Ferroviários da Zona de Sorocabana e Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil) avaliaram a nova proposta apresentada pela CPTM, que oferece agora reajuste de 7,72% - o equivalente à inflação medida pelo IPC mais 1% de aumento real.
O novo índice, no entanto, está abaixo dos 8,25% sugeridos pela Justiça. Os ferroviários, por sua vez, pedem reposição da inflação com base no INPC (8,24%), mais 10% de aumento real – entre outros benefícios.
Colaborou com esta notícia o leitor Ricardo dos Santos Guimarães, de Francisco Morato (SP), que participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui ou envie pelo aplicativo WhatsApp, disponível para smartphones, para o número +55 11 97493.4521.