Givaldo Alves, mendigo agredido por personal, foi condenado por sequestro
Caso de Planaltina (DF) ganhou notoriedade nacional em março
Givaldo Alves de Souza, de 48 anos, mendigo que foi espancado por um personal trainer que o flagrou transando com sua mulher dentro de um carro em Planaltina (DF), já cumpriu oito anos de prisão pelo crime de extorsão mediante sequestro em 2004 na cidade de São Paulo. Antes, o ex-morador de rua já tinha passagem pela polícia por furto.
Conforme o processo judicial sobre o sequestro, Givaldo foi preso em flagrante no início de julho de 2004 depois de invadir uma casa e cobrar os familiares pelo resgate da moradora. Na ocasião, foi levado para a Penitenciária de Flórida Paulista, a 600 km da capital do estado. Ele foi condenado a 17 anos de prisão, com regime inicial fechado.
Givaldo só foi autorizado a deixar a cadeia em abril de 2013, quase nove anos depois do crime. A informação foi revelada pelo jornal Estado de Minas, que consultou os processos que o ex-sem-teto respondeu.
Em vídeo divulgado em suas redes sociais na última sexta-feira, 20, Givaldo comenta sobre a prisão e afirma que não voltou a ser envolver com “coisas erradas”, mas não entra em detalhes sobre o assunto. Ele atribui o episódio à influência de amizades que tinha na época e se diz arrependido.
"É como diz um ditado: quem se junta com porco, farelo come. Naquele momento de um convite, você jamais vai pensar que vai chegar a um desastre", comentou na publicação.
Relembre o caso
Givaldo Alves ficou nacionalmente conhecido após o caso de Planaltina, em março. Na ocasião, ele foi flagrado tendo relações sexuais com a mulher do personal trainer Eduardo Alves de Souza. Ela estava, de acordo com laudo médico, em surto psicótico quando abordou o morador de rua e o levou para dentro de seu próprio carro.
O marido flagrou os dois e, pensando se tratar de um estupro, bateu em Gilvado, que teve várias lesões e chegou a ser internado. A mulher também ficou um longo período internada em uma clínica psiquiátrica após o episódio.
O inquérito instaurado pela Polícia Civil apurou a agressão, flagrada por câmeras de rua, e também um possível estupro de vulnerável, devido às condições da mulher. Porém, o inquérito entendeu que a relação sexual foi consensual.
A Polícia Civil do DF concluiu a investigação do caso na última sexta. O personal trainer foi indiciado por lesão corporal, em razão de ter espancado o morador de rua. E Givaldo, que relatou detalhes da relação sexual com a mulher, por difamação.