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Governo confirma que surto de botulismo matou 1 em SC

6 abr 2011 - 23h03
(atualizado às 23h16)
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Fabrício Escandiuzzi
Direto de Florianópolis

A Secretaria de Saúde de Santa Catarina confirmou na tarde desta quarta-feira, a ocorrência de um surto de botulismo no Estado causado pela intoxicação com uma mortadela. Seis pessoas foram contaminadas no início de março e uma delas morreu.

Os exames laboratoriais em amostras da mortadela foram feitos primeiramente pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). Em seguida, a unidade solicitou novas análises ao Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, confirmando a presença da bactéria Clostridium botulinum.

De acordo com o secretário estadual da Saúde, Dalmo de Oliveira, o botulismo é considerado raro e com consequências muito graves se não detectado a tempo. Foi o primeiro caso desse tipo de intoxicação no Estado.

A dona de casa Benta Lamego, 36 anos, morreu dois dias depois de ingerir a mortadela em um hospital da cidade vizinha de Joinville. Os médicos não identificaram a doença a tempo e chegaram a encaminhar a mulher para uma ala de psiquiatria. "Essa conduta está sendo investigada através de uma sindicância", disse o secretário de Saúde.

Dalmo explicou que as análises realizadas pelo Laboratório Central do Estado e pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, comprovaram a presença da bactéria na mortadela. O embutido, da marca Pena Branca, continha data de fabricação de 12 de fevereiro de 2011 e já foi recolhido. A empresa responsável pelo produto, Penasul Alimentos Ltda, localizada no município de Roca Sales (RS), será notificada.

As contaminações ocorreram nas cidades de Guaramirim e Araquari, localizadas na região norte do Estado. De acordo com a secretaria da Saúde, a primeira notificação ocorreu no dia 7 de março. Quatro pessoas ingeriram a mortadela e seis horas depois apresentaram sintomas gastrointestinais e neurológicos.

O botulismo é uma doença rara causada pela toxina botulínica produzida pela bactéria Clostridium botulinum, presente em alguns alimentos produzidos ou conservados de maneira inadequada. De acordo com a Vigilância Epidemiológica catarinense, os alimentos mais propensos a essa contaminação são as conservas de vegetais, principalmente caseiras, embutidos, defumados, queijos e pastas de queijos. A instalação da bactéria no organismo humano é súbita e progressiva, e o período de incubação varia de duas horas a dez dias.

Fonte: Especial para Terra
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