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Minas pede que população não volte à área das barragens

11 nov 2015 - 12h56
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Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

O governo de Minas Gerais está pedindo à população da região de Mariana que não retorne à área próxima do rompimento das barragens Fundão e Santarém até que todos os procedimentos de segurança estejam concluídos. A solicitação foi feita em nota e em alerta divulgado após os abalos sísmicos identificados na área do município. As operações de busca e resgate do Corpo de Bombeiros prosseguirão. O abalo, com 2,1 graus de magnitude, foi registrado pelo Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP).

A mineradora Samarco fará hoje (11) intervenções para elaborar um diagnóstico apurado sobre a situação da barragem Germano - a terceira da empresa localizada na mesma área. Segundo o Corpo de Bombeiros, quatro mortos foram identificados e dois corpos aguardam análise. Duas pessoas foram encontradas e estão abrigadas em casa de parentes. Há 21 pessoas desaparecidas, sendo 11 funcionários da empresa e 10 informados por familiares. Além disso, 631 pessoas estão desabrigadas e alojadas em hotéis. Os sobreviventes estão recebendo donativos, apoio médico, medicação e água. Segundo a prefeitura, mais 200 pessoas estão em casas de parentes.

Bombeiros do Espírito Santo e de Santa Catarina vão apoiar as operações nas localidades atingidas pelo rompimento das barragens no último dia 5. O trabalho será concentrado na busca e no resgate das 21 pessoas que estão desaparecidas. Eles trabalham com o auxílio de cães treinados das duas corporações.

O Serviço Geológico do Brasil faz o monitoramento contínuo da Bacia do Rio Doce, que abrange diversos municípios do leste de Minas Gerais e do Espírito Santo, para acompanhar a evolução da onda de lama provocada pelo rompimento das barragens. O sistema tem como objetivo alertar 15 municípios da bacia quanto ao risco de ocorrência de enchentes, sendo 12 em Minas Gerais e três no Espírito Santo. Algumas regiões abastecidas pelo Rio Doce estão com o fornecimento de água suspenso.

A onda de cheia passou pelo Rio Gualaxo do Norte, Rio do Carmo e agora está se deslocando ao longo da calha do Rio Doce. O pico de vazão já chegou ao município de Linhares (ES). Com as informações coletadas, a velocidade da massa de água com elevada turbidez (Lama), que é mais lenta que a onda de cheia, está sendo atualizada constantemente e pode variar ao longo do deslocamento até a chegada à foz do Rio Doce. A previsão é de que a água com maior turbidez chegue aos municípios de Tumiritinga e Galiléia hoje (11). A onda de cheia não causará enchentes nos municípios que estão localizados às margens do Rio Doce.

Agência Brasil Agência Brasil
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