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Governo de SP firma parceria com USP e FGV para medir impacto do uso de câmeras corporais por PMs

Projeto terá duração de cinco anos e contará com orçamento de R$ 18,6 milhões; resultados iniciais após implementação do equipamento foram positivos

23 ago 2022 - 17h03
(atualizado em 24/8/2022 às 13h14)
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A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) assinou nesta segunda-feira, 22, um convênio para desenvolver pesquisas científicas na área de segurança pública. Um dos objetivos da iniciativa, que conta com a participação de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), é medir o impacto do uso das câmeras operacionais portáteis (COPs) pela Polícia Militar. O projeto terá duração de cinco anos e contará com orçamento de R$ 18,6 milhões.

O convênio de cooperação científica e tecnológica envolve, além de USP e FGV, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e a Secretaria de Segurança Pública. Conforme a gestão estadual, a iniciativa prevê desde estudar mais a fundo o impacto do uso das câmeras portáteis (também conhecidas como bodycams) por policiais a criar novas ferramentas de inteligência artificial que auxiliem na tomada de decisões na área de segurança pública.

Em linhas gerais, caberá aos participantes do projeto acompanhar o desenvolvimento e a incorporação de ferramentas e tecnologias, como as COPs, de forma a avaliar seus impactos na atividade policial. A FGV implantará, para isso, o Centro de Estudos em Analytics e Políticas de Segurança, que receberá informações compartilhadas pela SSP.

A secretaria designará 12 representantes das forças policiais para trabalhar em conjunto com pesquisadores das instituições parceiras. O grupo, que deve contar com integrantes das três polícias de São Paulo - Civil, Militar e Técnico-científica -, receberá bolsas de pós-graduação das universidades. O convênio contará com orçamento de R$ 18,6 milhões e terá duração de cinco anos.

O secretário de Segurança Pública, general João Camilo Campos, explicou durante a apresentação da parceria que as imagens das câmeras representam um novo suporte ao trabalho dos policiais, e por isso devem ser estudadas. "Tem candidato que é favorável, tem candidato que não é… (Mas) Câmeras corporais vieram para ficar", disse o secretário, ressaltando que estudos sobre o tema começaram em 2014 e a implementação, em maior grau, ocorreu em 2021. Os resultados, desde então, se mostraram positivos.

Como mostrou o Estadão em abril deste ano, os batalhões equipados com câmeras portáteis tiveram redução de 87% nas ocorrências de confronto nos últimos três anos. O levantamento da Polícia Militar do Estado de São Paulo analisou dados entre os meses de junho a outubro, de 2019 até 2021. Os resultados têm motivado outros Estados a adotarem medidas similares. Ainda assim, pré-candidatos ao governo de São Paulo questionaram o uso de câmeras nas fardas.

Estado de São Paulo tem mais de 10 mil câmeras corporais em uso

Atualmente, a Polícia Militar do Estado tem 10,1 mil câmeras corporais em uso. "Isso representa câmeras em todos os policiais da cidade de São Paulo e da Grande São Paulo. Cerca de 22 milhões de pessoas recebem o serviço da Polícia Militar com o policial portando uma câmera operacional portátil (COP)", disse o coronel Robson Cabanas, responsável por gerenciar o projeto de implementação das câmeras na PM de São Paulo.

Cabanas informou que policiais de algumas cidades do interior do Estado, como São José dos Campos, Campinas, Guarujá e Cubatão, também já usam câmeras corporais. "Nós estamos fazendo agora uma ampliação de mais 1,7 mil câmeras, que levará essa tecnologia às principais cidades do interior do Estado", disse. Como exemplos, cita Ribeirão Preto, Rio Preto e Presidente Prudente. "O projeto prevê que, até dezembro de 2023, todo o Estado de São Paulo seja atendido por policiais usando câmeras de serviço", complementou. O Estado tem hoje 82,1 mil policiais militares em atividade.

Estadão
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