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Grandes rios brasileiros estão secando, segundo levantamento

Alguns dos corpos de água que mais perderam vazão desembocam no Rio São Francisco; seca pode gerar dificuldades humanitárias e econômicas

12 set 2024 - 11h26
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De acordo com um levantamento do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), alguns dos maiors rios do país estão diminuindo. Atualmente, o Brasil passa pela principal seca da sua história, que já afeta 55% do território nacional.

Rios importantes do Brasil têm perdido vazão, segundo estudo
Rios importantes do Brasil têm perdido vazão, segundo estudo
Foto: Canva / Perfil Brasil

O laboratório usou um satélite para fazer o monitoramento nos corpos de água, e detectou reduções na vazão de rios, lagos e reservatórios no Sudeste, Amazônia e Centro Oeste.

Rios afetados

Pelo menos 12 grandes rios já perderam volume. A lista elaborada na pesquisa inclui os rios Manso, Paraníba e equitinhonha, em Minas Gerais; o Rio Tocantins entre Tocantins e Maranhão; e o Rio Paraná que fica entre São Paulo e Mato Grosso do Sul. Além disso, o Rio São Francisco, considerada a terceira maior bacia hidrográfica do país, perdeu 60% da sua vazão nos últimos 30 anos.

Quando se trata da Amazônia, os rios Mamiá, Tefé e Badajós registram as paiores perdas. O Tefé tem 350 km de extensão, e forma o lago do Tefé até desembocar no Rio Solimões. Já o Rio Mamiá é cercado por 30 mil hectares de floresta preservada, que abriga espécies em risco de extinção.

Atividades financeiras

O professor Humberto Barbosa, responsável pelo estudo, alerta que a redução dos principais rios do Brasil prejudica toda a população. Além de definir o abastecimento humano e animal, o nível de água dos rios, lagos e reservatórios afeta o transporte e a geração de energia.

O estudo revela que ao menos nove usinas hidrelétricas podem ser prejudicadas por causa da redução do volume de água. Uma delas é a segunda maior barragem do Brasil, a Usina Hidrelétrica de Irapé, banhada pelo Rio Jequitinhonha. O Rio Parnaíba abriga a Usina Hidrelétrica de São Simão, por exemplo.

Similarmente, o Rio São Francisco gera energia para cinco usinas diferentes: Sobradinho, Apolônio Sales, Paulo Afonso, Luiz Gonzaga e Xingó.

Consequências internacionais

A redução no volume de água pode afetar também os territórios ao redor do Brasil. O lago de Baía Grande, por exemplo, faz parte da bacia Amazônica, fica entre Brasil e Bolívia. Com uma superfície de 100 km2, pertence 52% ao país vizinho e 48% ao nosso país.

Na Bolívia, a área é parte de uma unidade de conservação de maneho integrado. No Brasil, porém, o acesso é controlado por fazendeiros, conforme dennciam os pesquisadores Denildo Costa, da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), e Mauro Crema.

Perfil Brasil
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