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Greve dos metroviários paralisa quatro linhas do Metrô de SP; rodízio é suspenso

Usuários são recebidos nas estações com portões trancados e placas de paralisação; rodízio fica suspenso na capital durante todo o dia

23 mar 2023 - 05h48
(atualizado às 08h36)
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A opção, além dos ônibus do terminal, é utilizar os trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que estão funcionando normalmente.
A opção, além dos ônibus do terminal, é utilizar os trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que estão funcionando normalmente.
Foto: Dainel Teixeira/Estadão / Estadão

Em razão da greve dos metroviários, que começou a partir da 00h desta quinta-feira, 23, diversas linhas da daamanheceram sem funcionamento. Estações, que costumam abrir às 4h40 da manhã, permanecem fechadas e sem previsão de abertura. Com as alterações, os ônibus circulam com a frota completa e o rodízio fica suspenso nesta quinta-feira. O serviço é utilizado por 3 milhões de pessoas diariamente na capital paulista. 

Na estação Corinthians-Itaquera, onde os portões para o acesso ao Metrô amanheceram fechados, é grande a movimentação de pessoas. A opção, além dos ônibus do terminal, é utilizar os trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que estão funcionando normalmente.

Veja linhas afetadas

Linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata tem o serviço alterado por conta da paralisação, segundo presidente da entidade; prefeitura suspendeu o rodízio de veículos durante todo o dia.

O que pedem os Metroviários

Entre as reivindicações, os metroviários exigem o fim da privatizações e terceirizações do serviço de transporte por parte do governo; o aumento de contratações por concurso público de novos servidores para ampliação do quadro de funcionários, e também o pagamento do abono em troca da participação dos Resultados e Lucros (PRL) que, segundo o sindicato, não foi repassado aos trabalhadores entre os anos de 2020 e 2022.

"É uma dívida que o Metrô tem com a categoria, e estamos exigindo que a companhia pague essa dívida", afirmou Alex Fernandes, presidente do Sindicato dos Metroviários e Metroviárias de São Paulo, ao Estadão. "Estamos dando a Metrô para que se pague o mínimo necessário", disse. "E pedimos em forma de abono algo que contemple essas PRLs que o metrô deixou de pagar".

De acordo com Fernandes, a companhia alega que não tem fluxo de caixa para fazer esse pagamento. "(Nós, do sindicato) Estamos dizendo que o Metrô tem que porque o Estado tem que dar esse dinheiro para o Metrô".

Como exemplo, ele cita que o governo repassa para a ViaQuatro, empresa privada que administra a Linha 4-Amarela, R$ 6,32 por passagem, que custa R$ 4,40. Ou seja, um excedente de R$ 1,92. "Dinheiro a gente sabe que tem. É uma política do governador Tarcísio de querer estrangular os trabalhadores, sobretudo nós, da categoria metroviária", disse o presidente do sindicato.

A possibilidade de greve já vinha sendo ventilada desde o começo do ano pela categoria, mas a adesão à paralisação das atividades era adiada nas assembleias. Na última semana, o Tribunal Regional do Trabalho deu tempo para que o governo apresentasse uma proposta para o pagamento do abono do PLR não pago, o que não foi feito conforme o sindicato.

Ainda de acordo com Alex Fernandes, não há nenhuma outra reunião agendada com a companhia ou com o governo paulista para discutir a paralisação e as exigências apresentadas pelo sindicato. "Por ora nada, queremos que o governo tenha bom senso e chame a categoria para negociar", afirmou.

Estadão
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