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SP amanhece sem transporte público e com vias bloqueadas

28 abr 2017 - 07h12
(atualizado às 10h43)
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Estação Corinthians-Itaquera do Metrô e CPTM, na Zona Leste de São Paulo (SP), amanhece fechada nesta sexta-feira (28), durante paralisação dos metroviários que aderiram movimento nacional intitulada “Greve Geral" contra a reforma da Previdência e reforma trabalhista.
Estação Corinthians-Itaquera do Metrô e CPTM, na Zona Leste de São Paulo (SP), amanhece fechada nesta sexta-feira (28), durante paralisação dos metroviários que aderiram movimento nacional intitulada “Greve Geral" contra a reforma da Previdência e reforma trabalhista.
Foto: Peter Leone/futura Press

A população de São Paulo amanheceu sem ônibus, trens e sem a quase totalidade de suas linhas de metrô, além de enfrentar diversos pontos de bloqueio nas principais vias da cidade.

Apenas um pequeno trecho da malha metroviária paulistana, a Linha 4 Amarela, que liga a Luz, na área central, até o Butantã, na zona oeste, funcionou durante a manhã de hoje. Pelo menos três milhões de pessoas foram afetadas pela paralisação. Ainda assim, o comércio funciona na cidade.

Milhares de paulistanos se aglomeraram desde a madrugada nos principais terminais da cidade esperando transporte para ir ao trabalho, mas até a metade de manhã não havia alternativas para os deslocamentos.

As linhas de ônibus urbanos também ficaram paralisadas e apenas pequenos coletivos faziam percursos curtos dentro dos bairros periféricos. Na zona sul da capital paulista, o terminal do Grajaú estava abarrotado de moradores que ficaram sem ônibus desde as primeiras horas desta sexta-feira.

Na zona leste, milhares de paulistanos que habitualmente se deslocam em direção ao centro para trabalhar, ficaram na estação Corinthians Itaquera onde os trens do metrô não circularam. Também não havia movimentação de ônibus no local.

Interdições

Grupos de manifestantes foram distribuídos por vários pontos de São Paulo usando a tática de manifestações- relâmpago, com interdições de diversas vias da cidade. Desde às 6 horas, divididos em pequenos grupos, os manifestantes passaram a formar barricadas usando pneus nas principais pistas. Os pneus eram queimados para impedir a circulação de veículos que tentavam se deslocar em direção ao centro. 

Policiais da tropa de choque da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros tiveram muito trabalho para  apagar focos de incêndio causados por pneus que se multiplicaram durante a manhã. Com esse tipo de ação, os manifestantes conseguiram parar vários pontos da cidade, entre eles, a avenida 23 de Maio, uma das principais ligações entre o centro e a zona sul, a avenida Tiradentes, que une a área central à zona norte, e também a marginal do Tietê na altura do Terminal Rodoviário, além da avenida Ipiranga, no centro.

Os grupos usaram a mesma tática no km 15 da rodovia Anhanguera e interromperam o trânsito. Houve vários confrontos entre policiais e grevistas. A Polícia Militar atirou bombas de efeito moral e balas de borracha para dispersar a manifestação. Segundo a Polícia Militar, até às 8 horas, onze pessoas foram presas por atos de vandalismo durante os protestos.

Os aeroportos de Congonhas e de Guarulhos funcionaram normalmente e não houve interrupção dos vôos.

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EFE   
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