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Greve no Metrô de SP: Linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha estão em operação parcial; Monotrilho para

Plano de contingência foi acionado às 6h45, com funcionamento parcial das linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha; rodízio de veículos permanece suspenso

23 mar 2023 - 22h30
(atualizado em 24/3/2023 às 08h31)
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O Sindicato dos Metroviários e a Companhia do Metropolitano (Metrô) não entraram em acordo na quinta-feira, 23, e a greve no sistema, que transporta 2,8 milhões de passageiros por dia em São Paulo, continua nesta sexta-feira, 24. A manhã iniciou com as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata (Monotrilho) ainda paralisadas pelo segundo dia consecutivo, mas depois o funcionamento foi retomado parcialmente.

Conforme a companhia, por meio do plano de contingência, foi possível iniciar às 6h45 desta sexta-feira a operação de trechos das linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha. Em algumas estações, passageiros enfrentam dificuldades de embarcar até mesmo no transporte não afetado pela greve, como a CPTM. Na Estação Corinthians Itaquera da Linha Vermelha, na zona leste, aglomerações dificultavam a entrada nos trens.

Veja como está funcionando:

  • Linha 1-Azul: de Ana Rosa a Luz
  • Linha 2-Verde: de Alto do Ipiranga a Clínicas
  • Linha 3-Vermelha: de Santa Cecília a Bresser-Mooca
  • Linha 15-Prata: permanece fechada

O pagamento do abono é uma das reivindicações dos metroviários, que alegam não ter recebido da companhia a cota da Participação dos Lucros ou Resultados (PLR) da empresa entre os anos de 2020 e 2022. O Metrô diz que não há dinheiro em caixa para o pagamento.

Na esteira das reivindicações, os metroviários também pedem pelo fim da privatizações e terceirizações do Metrô e o aumento de contratações por concurso público para ampliar o quadro de funcionários.

No começo da noite, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), decretaram ponto facultativo nas repartições estaduais e municipais da cidade de São Paulo e região metropolitana.

No caso do decreto de Nunes, o ponto facultativo não será válido para serviços considerados essenciais, como Serviço Funerário, unidades de atendimento das secretarias de Saúde e Assistência Social, além de toda a rede municipal de ensino e a Segurança Urbana.

A Prefeitura informou também que o rodízio de veículos continuará suspenso nesta sexta, repetindo a decisão tomada pelo Executivo para este primeiro dia de greve.

Por conta das paralisações, São Paulo chegou a registar, entre o fim da tarde e o início da noite des quinta, mais de 800 quilômetros de lentidão entrar as ruas e avenidas da cidade.

Juíza multa Metrô em R$ 100 mil por 'conduta antissindical'

Ainda na quinta-feira, o Metrô conseguiu uma liminar que permitiu o funcionamento parcial das linhas paralisadas, utilizando até 80% do quadro de funcionários em horários de pico e de 60% nos demais períodos.

O documento também anulou o acordo de catraca livre que o sindicato havia feito de manhã com o governo de São Paulo que liberaria a cobrança de passagens das pessoas em troca do retorno das atividades da categoria.

Mas, horas depois, a juíza Elaine Aparecida da Silva Pedroso, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), revogou a liminar obtida pelo Metrô. Na decisão, a magistrada entende que o instrumento em posse da companhia não tem validade jurídica e multou a empresa em R$ 100 mil por conduta antissindical.

"Antecedente, reitero a negativa da liminar requerida pelo Metrô e reconheço, incidentalmente, a prática de conduta antissindical, punindo-o com multa de R$ 100.000,00, em favor do requerido", escreveu a juíza.

"Uma decisão muito importante da juíza, que preserva o direito da população de usar o metrô e preserva o direito dos metroviários se mobilizarem", afirmou Camila Lisboa, presidente do sindicato, ao Estadão.

Em nota, o Metrô diz "que todos seus atos ao longo da paralisação nesta quinta-feira (23) foram respaldados por decisões judiciais e em benefício da prestação do serviço à população, com a garantia da segurança de sua operação".

Estadão
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