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Greve, protesto e seca: veja o que marcou as cidades em 2014

Cidades tiveram ainda rolezinhos, acidentes graves e grandes reintegrações de posse

9 dez 2014 - 07h57
(atualizado em 5/12/2018 às 16h18)
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O ano de 2014 começou com muitas discussões em torno das grandes cidades. A ocupação de  espaço foi pauta nos rolezinhos que saíram da periferia e ganharam o centro e na implantação das ciclovias pelo prefeito Fernando Haddad (PT), em São Paulo. Por outro lado, a população da maior cidade do País se viu diante de uma ameaça imediata de racionamento, já que os níveis dos reservatórios não deixaram de cair. Ocupações de sem-teto terminaram em confronto com a polícia e viadutos e passarelas caíram no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte. Relembre os principais acontecimentos nas cidades brasileiras em 2014.

Rolezinhos no shopping

Este evento sociocultural começou entre o fim de 2013 e o começo de 2014. Os rolezinhos começaram a levar milhares de jovens a shoppings de São Paulo e logo se espalharam para outras cidades do Brasil. Os adolescentes se reuniam para dançar e paquerar, mas isso acabou irritando alguns empreendimentos, que chegaram a proibir a entrada de adolescentes.  Em forma de protesto, jovens do Brasil inteiro começaram a promover os rolezinhos.

Após várias polêmicas, líderes do movimento em São Paulo se reuniram com a prefeitura e decidiram mudar o local dos rolezinhos para o Parque do Ibirapuera. Com o fim das férias de verão, os rolezinhos foram perdendo força e, embora continuem acontecendo, já não têm o peso que tinham. Sua marca, porém, foi deixada

As polêmicas ciclovias

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (SP), decidiu peitar boa parte da população e começou a implantar ciclovias em vários pontos da cidade. A iniciativa mostrou-se impopular e polêmica, já que muitos comerciantes protestaram contra a proibição do estacionamento de carros em várias áreas da cidade.

Queda de Passarela no Rio

Em janeiro, um caminhão com a caçamba levantada derrubou uma passarela, que caiu sobre dois carros e uma motocicleta, matando quatro pessoas.

Viaduto cai em Belo Horizonte

Em Belo Horizonte, um viaduto em construção desabou em julho, matando duas pessoas. O viaduto fazia parte das obras da Copa do Mundo e integrava a duplicação da avenida Dom Pedro I para instalação do BRT. As imagens do local mostraram o que seria um colapso total da obra que, mesmo em área com baixa movimentação, deixou sob os escombros pelo menos um carro, dois caminhões e um ônibus. Podia ter sido muito pior. Sabe-se, por exemplo, que o ônibus de algumas seleções que jogaram em Belo Horizonte passou por baixo do viaduto dias antes do acidente.

Reintegrações de posse

Durante o ano, algumas reintegrações de posse terminaram em confronto. Em fevereiro, uma das mais intensas, na zona leste, ocorreu em prédios do Programa Minha Casa Minha Vida, que estavam ocupados desde o ano passado. Após várias tentativas, a PM e os ocupantes entraram em uma batalha campal pela posse do terreno.

No Rio de Janeiro, a reintegração de posse em um terreno da Oi, no Engenho Novo, terminou com ônibus e viatura da PM incendiados. “Não foi nada de pacíficio, estão metendo bala (de borracha) em todo mundo, meu filho de 10 meses está todo inchado por causa do spray de pimenta”, disse uma moradora.

Em setembro, uma reintegração no centro de São Paulo também terminou em confronto com a Polícia Militar. Moradores colocaram fogo em um ônibus e durante várias horas foram registrados pequenos confrontos.

Policias da Tropa de Choque foram acionados por volta das 8h
Policias da Tropa de Choque foram acionados por volta das 8h
Foto: André Lucas Almeida / Futura Press

Greves

Em ano eleitoral, não podia ser muito diferente. Houve greve de policiais, carteiros, motoristas, professores, metroviários e tanto outros. Quase todas as categorias cruzaram ou ameaçaram cruzar os braços. Entre as greves mais conturbadas, se destacaram as de ônibus por todo o Brasil, a dos metroviários em São Paulo, que terminou, inclusive, em prisões e a dos garis no Rio de Janeiro

O drama do Cantareira

Pela primeira vez na história, São Paulo utilizou duas cotas do volume morto do sistema Cantareira, um dos mais importantes da região metropolitana. Dia a dia, o nível dos reservatórios de São Paulo baixaram, o que provocou a pior crise hídrica já registrada no Estado. Cidades como Itu chegaram a ficar completamente sem água por dias, o que provocou uma onda de protestos.

Foto: Governo do Estado de São Paulo / Divulgação

(Foto: Governo de São Paulo)

Pedrinhas e o sistema prisional

Em 2014, a crise na penitenciária de Pedrinhas, no Maranhão, sintetizou a falência do sistema prisional brasileiro. Com rebeliões periódicas e casos recorrentes de chacina, o presídio virou alvo de investigação e provocou a intervenção federal por meio da Força Nacional de Segurança.

Durante um dos protestos contra as mortes em Pedrinhas, um ônibus foi incendiado e uma menina de 6 anos morta após ter o corpo queimado. Ao longo de 2014, as rebeliões não cessaram e, ao que parece, Pedrinhas será também um dos problemas de 2015.

Foto: Agência Brasil / Twitter

Ônibus queimados

Durante todo o ano de 2014, a cidade de São Paulo e a região de Florianópolis conviveram com o drama dos ônibus queimados. Em São Paulo, os atentados foram constantes e culminaram com a morte de um motorista no mês de outubro. Já em Santa Catarina, as ondas de violência surgiam em algumas ocasiões,algumas supostamente comandadas pelo crime organizado.

Um ônibus foi incendiado na avenida Zaki Narchi, próximo à avenida Moyses Roysen, na Vila Guilherme, segundo a CET
Um ônibus foi incendiado na avenida Zaki Narchi, próximo à avenida Moyses Roysen, na Vila Guilherme, segundo a CET
Foto: Leonardo Benassatto / Futura Press

Mulheres nuas no RS

Uma mulher apareceu nua correndo em um parque de Porto Alegre no final de outubro. Poucos dias depois, na mesma cidade, outras duas mulheres foram vistas andando completamente peladas em avenidas. Os fatos inusitados chamaram a atenção, já que as mulheres não se conheciam e a motivação pela nudez era diferente em cada um dos casos.

Descobriu-se, depois, que uma das mulheres de Porto Alegre é a ex-lutadora de MMA que disse estar fazendo um desabafo. Segundo especialistas ouvidos pelo Terra, os casos podem ter sido provocados, em parte, pelo que eles classificaram de "surto eleitoral", ou uma espécie de indignação com o momento do Brasil.

Foto: Reprodução

Mazelas da USP

A Universidade de São Paulo (USP) se envolveu em diversas polêmicas neste ano. Desde a falta de limpeza nas ruas da cidade Universitária, até a morte de um estudante após uma festa.  Um dos fatos mais graves foi revelado no final do ano, quando alunas denunciaram abusos sexuais sofridos em festas. Em novembro, ficou decidida a suspensão das festas e proibição da venda de bebidas alcoólica na Cidade Universitária.

Foto: Débora Melo / Terra

O avião que não caiu

Durante duas semanas, em novembro, a cidade de São Paulo viveu a expectativa de uma queda de avião anunciada pelo vidente Jucelino da Luz. Segundo ele, a aeronave da TAM iria cair na avenida Paulista no dia 26 de novembro. Um síndico chegou a pendurar uma circular no elevador de um dos prédios que, supostamente, podia ser atingido. Diante do alerta, muitos funcionários e frequentadores dos edifícios da região se organizaram para não trabalhar no dia e no horário da suposta queda. Até a TAM até trocou o número do voo que o vidente disse que cairia. 

No dia do “acidente”, o avião decolou normalmente de Congonhas e pousou cerca de uma hora e meia depois em Brasília. Segundo Jucelino, a decisão da TAM de mudaro número do voo “salvaram” a aeronave. A TAM nega que tenha feito qualquer tipo de intervenção.

Na Paulista, 'queda de avião' vira desconfiança e piada:

Fonte: Terra
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