Script = https://s1.trrsf.com/update-1731009289/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Grupo de manifestantes agride equipe do SBT na Paraíba

7 set 2013 - 18h58
(atualizado às 19h05)
Compartilhar
Exibir comentários
Grupo de aprovados no concurso para agentes penitenciários da Paraíba que não foram nomeados protestam. Cerca de 40 pessoas vestiram camisas pretas, narizes de palhaço, apitos e faixas para reivindicar a nomeação por parte do governo do Estado
Grupo de aprovados no concurso para agentes penitenciários da Paraíba que não foram nomeados protestam. Cerca de 40 pessoas vestiram camisas pretas, narizes de palhaço, apitos e faixas para reivindicar a nomeação por parte do governo do Estado
Foto: Felipe Silveira / Especial para Terra

Um pequeno grupo de manifestantes autointitulado Black Bloc PB agrediu uma equipe de televisão que realizava uma entrada ao vivo no programa Caso de Polícia, da TV Tambaú, afiliada do SBT na Paraíba. A agressão ocorreu na tarde deste sábado durante o desfile cívico de 7 de setembro, na avenida Duarte da Silveira, centro de João Pessoa.

De acordo com a repórter Ludmila Costa, aproximadamente 15 jovens e crianças - que estavam com os rostos cobertos com máscaras - se aproximaram da equipe e tentaram impedir a filmagem. "Estávamos ao vivo e eles chegaram já colocando a mão na frente da câmera e gritando para parar de filmar. Fiquei com muito medo de ser agredida fisicamente porque eles estavam muito alterados", relatou.

Além de Ludmila, ainda formavam a equipe o cinegrafista Ewerton Monteiro e o assistente Lindomar Alves. "A câmera só não foi danificada porque conseguimos segurá-la. Eles foram embora e fiquei tremendo de medo. Tinha até uma criança de aproximadamente 8 anos de idade com o rosto mascarado e estirando o dedo para nós", disse.

A jornalista contesta a forma como esse grupo agiu no Dia da Independência. "Manifestação do Brasil virou desculpa para os baderneiros entrarem em ação. Eu não acredito que isso seja manifestação. Isso se chama agressão", afirmou.

Quem também aproveitou a data para realizar um protesto foi um grupo de aprovados no concurso para agentes penitenciários da Paraíba que não foi nomeado. Cerca de 40 pessoas vestiram camisas pretas, narizes de palhaço, apitos e faixas para reivindicar a nomeação por parte do governo do Estado.

Por volta do meio-dia, os manifestantes ainda chegaram a atrapalhar o desfile por cerca de 20 minutos, mas foram contidos por policiais militares. "Concluímos o 

curso de formação, mas não fomos nomeados. Nós temos uma decisão judicial a nosso favor e, mesmo assim, o governador Ricardo Coutinho não cumpre", explicou um dos organizadores do protesto, Nélio Vieira Filho.

Segundo o comandante do 1° Batalhão da Polícia Militar, tenente coronel Adielson Pinheiro de Araújo, cerca de 10 mil pessoas acompanharam o evento. Participaram 40 organizações civis e militares, escolas públicas e órgãos estaduais. Ao todo, 250 policiais militares garantiram a segurança no local.

"Tinha no máximo 100 manifestantes em todo percurso do desfile. Tivemos uma interrupção momentânea, mas que foi rapidamente controlada. Conversamos com eles e, juntos, decidimos que poderiam utilizar a rua para fazer o protesto no final do desfile", disse.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus. A mobilização surtiu efeito e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas – o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. "Essas vozes precisam ser ouvidas", disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Fonte: Especial para Terra
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade