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Hidrantes do Memorial da América Latina não estariam funcionando

30 nov 2013 - 08h16
(atualizado às 08h17)
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Durante o combate às chamas do incêndio que atingiu o Memorial da América Latina, na zona oeste de São Paulo, nesta sexta-feira, bombeiros encontraram dificuldades na utilização dos hidrantes do local. Segundo publicado na edição deste sábado do jornal O Estado de S. Paulo, um bombeiro discutiu com um brigadista da equipe do complexo, questionando por que os hidrantes não estavam funcionando.

"Eu quero que você me chame o responsável pelos hidrantes agora! Isso não é brincadeira!", afirmou o bombeiro. De acordo com o jornal, o brigadista, sem saber como operar os hidrantes, foi buscar auxílio no interior do complexo. Os bombeiros, no entanto, acabaram utilizando caminhões-pipa da própria corporação para obter a água que combateu o fogo desta sexta.

Houve relatos entre os bombeiros de que os brigadistas também teriam usado um extintor de incêndio de água em uma lâmpada em chamas, no interior da Ala B do Auditório Simon Bolívar, o que não é recomendado. O diretor-presidente do Memorial, João Batista de Andrade, negou que os brigadistas tivessem atuado ou que os hidrantes não estivessem funcionando.

O coronel Erik Cola, do Corpo de Bombeiros, no entanto, confirmou que os brigadistas trabalharam para conter as chamas no início do incêndio.

Incêndio

As chamas no Memorial da América Latina, na zona oeste de São Paulo, começaram por volta das 15h e, por volta das 20h10, o fogo foi controlado. A assessoria de imprensa do Memorial da América Latina informou que o fogo foi causado por um curto-circuito do Auditório Simón Bolívar. Grande parte do forro da plateia B do auditório teria sido comprometida. Segundo os bombeiros, 50% do auditório foi consumido.

SP: testemunha relata queda de energia e explosão antes do incêndio:

Viaturas do Corpo de Bombeiro atravessaram a madrugada deste sábado realizando o rescaldo do incêndio. Dezesseis membros da corporação tiveram que ser encaminhados para o Hospital das Clínicas por inalação de fumaça - ao menos dois em estado grave. 

Em entrevista durante o dia, o major da Polícia Militar Mauro Lopes explicouq ue bombeiros ficaram feridos foram vitimados por um fenômeno chamado flashover. "Tivemos o flashover, que, por vezes dá para se prever, mas nesse caso não foi possível. Ele acontece quando você tem um ambiente pegando fogo, pouco oxigênio, calor e carga para se queimar, então a queima é lenta lá dentro. Quando você abre esse ambiente, há a entrada de mais oxigênio, então há o flashover", disse.

Foto: Terra
Foto: Terra

Fonte: Terra
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