Homem mata esposa com a filha no colo e é morto pela polícia no RS
Ao entrar na residência, a Brigada Militar flagrou o agressor segurando a filha do casal enquanto esfaqueava a mulher.
Na madrugada desta quinta-feira (4), em Ijuí, no Noroeste do Rio Grande do Sul, a Brigada Militar flagrou um homem matando a companheira, segurando a filha do casal, de dois anos, no colo e desferindo golpes de faca em Caroline Maria Bohrer de Lima, de 23 anos. O agressor, Rogério da Cruz de Lima, de 27 anos, foi morto pela BM, de acordo com a Polícia Civil.
A BM foi acionada para atender uma ocorrência de violência doméstica em um apartamento em um condomínio do bairro Storch. Ao entrar na residência, encontraram o agressor segurando a filha do casal enquanto esfaqueava a mulher. Caroline morreu no local.
De acordo com o delegado Ricardo Miron, havia um histórico de violência doméstica entre o casal em 2018, mas não havia registros recentes nem medida protetiva vigente.
O homem também ameaçou matar a criança, momento em que, segundo a Polícia Civil, os brigadianos atiraram contra Rogério, que morreu no local.
Será instaurado um inquérito policial para investigar se a filha do casal também foi agredida. Este é o segundo feminicídio registrado em Ijuí desde o início do ano.
Como denunciar violência doméstica
Os casos de violência doméstica que viram processos no Poder Judiciário começam em diferentes canais do sistema de justiça, como delegacias de polícia (comuns e voltadas à defesa da mulher), disque-denúncia, promotorias e defensorias públicas.
Disque 180
O Disque-Denúncia foi criado pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM). A denúncia é anônima e gratuita, disponível 24 horas, em todo o país. Os casos recebidos pela central são encaminhados ao Ministério Público.
Disque 100
O serviço pode ser considerado como "pronto socorro" dos direitos humanos pois atende também graves situações de violações que acabaram de ocorrer ou que ainda estão em curso, acionando os órgãos competentes, possibilitando o flagrante. O Disque 100 funciona diariamente, 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados.
As ligações podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem gratuita, de qualquer terminal telefônico fixo ou móvel (celular), bastando discar 100.
Polícia Militar (190)
A vítima ou a testemunha pode procurar uma delegacia comum, onde deve ter prioridade no atendimento ou mesmo pedir ajuda por meio do telefone 190. Nesse caso, vai uma viatura da Polícia Militar até o local. Havendo flagrante da ameaça ou agressão, o homem é levado à delegacia, registra-se a ocorrência, ouve-se a vítima e as testemunhas. Na audiência de custódia, o juiz decide se ele ficará preso ou será posto em liberdade.
Delegacia da Mulher
Um levantamento feito pelo portal Gênero e Número, mostra que existem apenas 21 delegacias especializadas no atendimento às mulheres com funcionamento 24 horas em todo o país. Dessas, só São Paulo e Rio de Janeiro possuem delegacias fora das capitais.