Homem se atirou do 3º andar para escapar do incêndio em pousada no RS, diz testemunha
Incêndio em prédio em Porto Alegre deixou dez pessoas mortas; caso aconteceu na madrugada desta sexta-feira, 26
Uma testemunha que passava em frente à pousada em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, que foi atingida por um incêndio que matou dez pessoas, contou que um dos sobreviventes pulou do terceiro andar do prédio para escapar do fogo.
A técnica de enfermagem Joneisa Garcia, que passava em frente à pousada em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, que foi atingida por um incêndio que matou dez pessoas, contou que um dos sobreviventes pulou do terceiro andar do prédio para escapar do fogo e que ela ajudou a levá-lo para o hospital.
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"Era muito fogo. Estava indo para casa, quando chegamos na esquina, tinha um rapaz muito machucado. Ele disse que se atirou do terceiro andar, ajudamos levando para a Santa Casa, disseram que não era ali, levamos para o HPS (Hospital de Pronto Socorro) e lá deram o atendimento a ele e a esposa", disse Joneisa à RBS TV, afiliada da Rede Globo.
O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil trabalham para esclarecer o caso que ocorreu na madrugada desta sexta-feira, 26. A hipótese trabalhada é de que o incêndio pode ter sido criminoso.
As chamas começaram por volta das 2h30, no estabelecimento localizado na Avenida Farrapo, na região central da cidade. O Corpo de Bombeiros foi acionado e só conseguiu conter as chamas por volta das 5h. Outras oito pessoas ficaram feridas devido ao incêndio.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil em Porto Alegre, Evaldo Rodrigues de Oliveira Júnior, "trabalha-se com a possibilidade de incêndio criminoso", pois há informações de que um indivíduo poderia ter adentrado a pousada durante a madrugada.
"O Instituto Geral de Perícia está aqui fazendo o trabalho deles na liberação e remoção dos corpos. Na sequência, vem outra equipe do GP, para fazer a avaliação das causas do incêndio. Preliminarmente, a informação é de que se trabalha também com a hipótese de incêndio criminoso. Após a liberação por parte do IGP, estruturas da prefeitura municipal vão entrar em cena junto com o proprietário do estabelecimento para a gente fazer a realocação, acomodação das pessoas que ficaram desalojadas", relatou à emissora.
O local funcionava como uma pousada para pessoas em vulnerabilidade social e não tinha alvará para funcionar ou plano de proteção contra incêndio. O Corpo de Bombeiros acredita que o fogo se alastrou rapidamente porque os quartos eram muito próximos. Isso teria feito com que as pessoas que estavam no local não conseguissem sair a tempo. Algumas acabaram se jogando do 2º e 3º andar do prédio para se salvar.
"Foi muito rápido. Gritaram 'fogo' e o fogo estava a dois quartos do meu, e eu saí correndo. Tinha muita fumaça, já estava em cima, já estava do lado e eu saí correndo. Eu fiquei só com a minha roupa", disse um homem que estava no local.
O comandante do 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Lúcio Junes da Silva, informou ao Terra que equipes da perícia criminal estão no prédio, que ficou destruído, para identificar as vítimas e investigar as causas do incêndio.