Hospital de campanha do Ibirapuera será fechado
Último paciente terá alta neste sábado, 26; Estado de São Paulo tem 964.921 casos e 34.877 mortes confirmados por covid-19
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta sexta-feira, 25, o encerramento das atividades do hospital de campanha do Complexo do Ibirapuera, na capital paulista, em 30 de setembro. A decisão foi tomada após o governo avaliar que a pandemia do novo coronavírus está estabilizada no Estado.
O hospital funcionou durante cinco meses, período em que 3.189 pacientes de 106 municípios foram atendidos. Ao todo, tinha 268 leitos, dos quais 28 eram de UTI. "Foi fundamental no enfrentamento da covid-19", declarou Doria em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes.
De acordo com o governo estadual, o último paciente terá alta neste sábado, 26. O mobiliário e outros itens, como colchões, chuveiros e torneiras, serão destinados a entidades de assistência e unidades de saúde pública.
Embora o Estado tenha apresentado alta na média diária de óbitos na semana epidemiológica 38, com aumento de 8%, o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, disse que o cenário é de "estabilidade" e até apresentou os dados da semana epidemiológica 39, mostrando que os números voltaram a cair.
"A taxa de ocupação de UTI é a melhor de todo o Plano São Paulo", destacou. A média mais recente é de 46,3% no Estado, enquanto é de 45,3% na Grande São Paulo. "Com esses índices, existe a possibilidade de fazer com que hospitais que focaram exclusivamente o atendimento na covid-19 possam ser encerrados", justificou.
Ao todo, o Estado tem 964.921 casos e 34.877 mortes confirmados da doença. Há, ainda, 3.672 internados na UTI com suspeita ou confirmação da doença, número que é de 4.799 no caso de pacientes em leitos de enfermaria.
A estimativa é que o número de óbitos chegue entre 35 mil e 38 mil até 30 de setembro, enquanto estará entre 960 mil e 1 milhão para os registros de casos.
Na coletiva, o secretário ainda afirmou que o Estado está fazendo um retorno "gradual" das atividades não relacionadas à covid-19 em unidades de internação, a começar pelos hospitais cardiológicos e maternidades que estavam recebendo pacientes com a doença.