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Ideli condena onda de violência em SP e diz: "manifestações são legítimas"

Ministra das Relações Institucionais cobrou soluções mais amplas para a questão

14 jun 2013 - 10h58
(atualizado às 12h02)
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<p>Policiais atacaram manifestantes com bombas de feito moral e tiros de bala de borracha na noite de quinta-feira</p>
Policiais atacaram manifestantes com bombas de feito moral e tiros de bala de borracha na noite de quinta-feira
Foto: Bruno Santos / Terra

Responsável pela relação entre a Presidência da República com Estados e municípios, a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) condenou nesta sexta-feira a onda de violência nos protestos pela alta da tarifa de ônibus em São Paulo. Para ela, as “manifestações são legítimas” e cobrou, de modo geral, de Estados e municípios que reduzam impostos que incidem sobre custo da passagem.

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“Em hipótese alguma podemos admitir a violência. Nem dos manifestantes, como depredação, e nem da Polícia Militar. Por isso que já houve manifestação de excessos da própria repressão. E é de fundamental importância que a gente possa encontrar soluções mais amplas do que essas que estão sendo dadas”, afirmou a ministra em café da manhã com jornalistas que cobrem a Presidência.

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Segundo Ideli, o governo federal já fez sua parte ao editar uma medida provisória (MP) que desonera o transporte público. “No caso de São Paulo, o reajuste foi de R$ 0,20 em decorrência da MP, senão teria sido maior”, disse. Ela acrescentou que projetos em tramitação no Congresso Nacional tratam de redução de impostos estaduais e municipais para o setor, mas alegou que sua aprovação dependerá dos parlamentares.

“O transporte coletivo é um problema real e concreto da população”, disse Ideli. “Ele é caro, é insuficiente, tem pessoas que levam três ou quatro horas para ir ou voltar”.

Cenas de guerra nos protestos em SP

A cidade de São Paulo enfrenta protestos contra o aumento na tarifa do transporte público desde o dia 6 de junho. Manifestantes e policiais entraram em confronto em diferentes ocasiões e ruas do centro se transformaram em verdadeiros cenários de guerra. Enquanto policiais usavam bombas e tiros de bala de borracha, manifestantes respondiam com pedras e rojões.

<p>Policiais atacaram manifestantes com bombas de feito moral e tiros de bala de borracha na noite de quinta-feira</p>
Policiais atacaram manifestantes com bombas de feito moral e tiros de bala de borracha na noite de quinta-feira
Foto: Bruno Santos / Terra

Durante os atos, portas de agências bancárias e estabelecimentos comerciais foram quebrados, ônibus, muros e monumentos pichados e lixeiras incendiadas. Os manifestantes alegam que reagem à repressão opressiva da polícia, que age de maneira truculenta para tentar conter ou dispersar os protestos.

Segundo a administração pública, em quatro dias de manifestações mais de 250 pessoas foram presas, mais de 250 pessoas foram presas, muitas sob acusação de depredação de patrimônio público e formação de quadrilha. No dia 13 de junho, vários jornalistas que cobriam o protesto foram detidos, ameaçados ou agredidos.

As passagens de ônibus, metrô e trem da cidade de São Paulo passaram a custar R$ 3,20 no dia 2 de junho. A tarifa anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011.

Segundo a administração paulista, caso fosse feito o reajuste com base na inflação acumulada no período, aferido pelo IPC/Fipe, o valor chegaria a R$ 3,40. "O reajuste abaixo da inflação é um esforço da prefeitura para não onerar em excesso os passageiros", disse em nota.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), havia declarado que o reajuste poderia ser menor caso o Congresso aprovasse a desoneração do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para o transporte público. A proposta foi aprovada, mas não houve manifestação da administração municipal sobre redução das tarifas.

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Fonte: Terra
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