IDH de Porto Alegre é o mais estagnado das capitais; Palmas puxa crescimento
Porto Alegre registrou menor taxa de crescimento do índice de 1991 a 2010, caindo da 2ª para a 6ª posição entre as capitais
Consideradas as áreas com menor poder econômico do Brasil, as Regiões Norte e Nordeste diminuíram consideravelmente a diferença em relação ao Centro-Sul brasileiro no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Divulgado nesta segunda-feira, o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013 aponta que o município de Palmas (TO) registrou a maior taxa de crescimento entre todas as 27 capitais brasileiras, de 1991 a 2010. Porto Alegre (RS), por outro lado, é a capital brasileira que apresentou a menor melhora no período.
O IDH avalia indicadores como educação, renda per capita e longevidade da população, em uma escala que varia de 0 a 1 - acima de 0,8, o índice é considerado muito alto. Em 1991, Palmas amargava o pior IDH entre as capitais, com 0,439. Porém, com uma elevadíssima taxa de crescimento de 79,5%, a cidade atingiu um índice de 0,788, saltando para a 10ª posição no ranking.
As primeiras colocações seguem ocupadas pelas capitais do Sul e do Sudeste do País, além de Brasília. Essas cidades, porém, apresentaram um crescimento muito inferior aos das regiões "periféricas" do Brasil - os maiores saltos ocorreram em Belo Horizonte (MG), que com 34,55% de crescimento do IDH passou da oitava para a quinta posição no ranking, e em Brasília, cujos 33,77% de crescimento garantiram a passagem da sétima para a terceira colocação.
Capital líder no ranking elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), Florianópolis (SC) atingiu em 2010 o IDH de 0,847, considerado "muito alto". A taxa de crescimento, porém, foi uma das menores registradas pela pesquisa, com variação de 24,38% desde 1991.
A única cidade com crescimento inferior ao de Florianópolis foi Porto Alegre (RS), que registrou a pior taxa do País - alta de 21,97%. Porém, ao contrário da capital catarinense, a estagnação de Porto Alegre teve efeito direto no ranking, fazendo a cidade despencar da segunda para a sexta posição, empatada com São Paulo, com IDH 0,805. De 1991 para 2010, a capital gaúcha foi ultrapassada por Vitória (ES), Curitiba (PR), Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG).
Capital |
Taxa de crescimento |
Posição em 1991 |
Posição em 2010 |
|
1 | Palmas (TO) | 79,50% | 27 | 10 |
2 | Rio Branco (AC) | 49,90% | 26 | 26 |
3 | Porto Velho (RO) | 48,69% | 25 | 24 |
4 | Teresina (PI) | 47,54% | 23 | 21 |
5 | Maceió (AL) | 42,21% | 24 | 27 |
6 | Boa Vista (RR) | 42,16% | 20 | 20 |
7 | Manaus (AM) | 41,46% | 22 | 23 |
8 | Aracaju (SE) | 41,28% | 19 | 15 |
9 | Macapá (AP) | 39,62% | 21 | 25 |
10 | Campo Grande (MS) | 39,25% | 13 | 12 |
11 | João Pessoa (PB) | 38,48% | 17 | 13 |
12 | Fortaleza (CE) | 38,10% | 18 | 19 |
13 | Cuiabá (MT) | 37,96% | 12 | 11 |
14 | São Luís (MA) | 36,65% | 15 | 16 |
15 | Salvador (BA) | 34,81% | 14 | 18 |
16 | Belo Horizonte (MG) | 34,55% | 8 | 5 |
17 | Recife (PE) | 34,03% | 10 | 14 |
18 | Brasília (DF) | 33,77% | 7 | 3 |
19 | Natal (RN) | 33,39% | 11 | 17 |
20 | Goiânia (GO) | 33,17% | 9 | 8 |
21 | Belém (PA) | 32,74% | 15 | 21 |
22 | Vitória (ES) | 31,21% | 3 | 2 |
23 | Curitiba (PR) | 28,59% | 4 | 4 |
23 | São Paulo (SP) | 28,59% | 6 | 6 |
25 | Rio de Janeiro (RJ) | 25,04% | 5 | 8 |
26 | Florianópolis (SC) | 24,38% | 1 | 1 |
27 | Porto Alegre (RS) | 21,97% | 2 | 6 |