Idoso de 82 anos morre após ser arremessado contra carro e quebrar o fêmur
Polícia Civil aguarda o laudo do IML para ouvir o agressor do idoso
Um idoso de 82 anos morreu após ser agredido em uma oficina mecânica, em Registro, no interior de São Paulo, e quebrar o fêmur. Laércio David chegou a passar por uma cirurgia em um hospital da região, mas não resistiu. A Polícia Civil aguarda o laudo do Instituto Médico Legal (IML) para ouvir o agressor.
A discussão ocorreu no dia 29 de março, mas o caso repercutiu nesta semana. Conforme aponta a reportagem da TV Tribuna, afiliada da Rede Globo, o idoso teria saído de casa para comprar materiais para construção e passou pela oficina que estava fechada. A vítima parou e perguntou a um homem, que estava na frente do estabelecimento, se iria reabrir.
"Ele perguntou: 'Meu senhor, senhor sabe se vai abrir após o almoço? Aí meu pai perguntou: 'Você é surdo?', e começou tudo. Ergueu, jogou, chutou, chamou de 'velho nojento'. Ninguém merece isso", declarou a filha, Miriam Cristina David Cordeiro, à emissora.
Laércio ficou bastante machucado, quebrou o fêmur e precisou ser internado em um hospital da região. Ele passou por uma cirurgia, mas não resistiu, e morreu no dia 1º de abril.
"Meu pai era uma pessoa forte, saudável. Fisicamente, a pressão dele era de um moço, mas infelizmente a agressão foi muito grave, ele teve a fratura no fêmur. A operação é complexa, que o levou até a embolia pulmonar", declarou a outra filha da vítima, Adriana David Comeirão.
"A pessoa que viu os fatos disse que levantou ele pelo colarinho e jogou ele contra um veículo que estava estacionado. E com isso, ele veio a quebrar o fêmur", explicou Luis Marcelo Comeirão, genro do idoso.
Conforme a reportagem, no primeiro momento, o caso foi registrado um boletim de ocorrência de lesão corporal, mas após a morte do idoso, a Polícia Civil investiga como suspeita de homicídio doloso.
"A princípio seria uma lesão corporal. A partir das informações prestadas pelas testemunhas, seguida também pela informação do falecimento da vítima, o caso evoluiu para um possível homicídio. Agora nós aguardamos a chegada do laudo do IML e também a parte mais importante que é formalizarmos o interrogatório desse suposto agressor, e ouvir a sua versão sobre os acontecimentos", afirmou o delegado de Registro, Filipe Augusto Costamilan.
Em nota ao Terra, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP) afirmou que a Polícia Civil investiga o caso como homicídio, e que as diligências estão em andamento visando o esclarecimento dos fatos.
A reportagem também tentou contato com a família de Laércio, mas até a última atualização dessa matéria, não teve retorno. O espaço segue aberto para manifestações.