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Influenciador é suspeito de homicídio na zona sul de São Paulo; defesa nega

Conhecido como Nino Abravanel, ele tem mais de 4 milhões de seguidores no Instagram e está sendo procurado pela polícia, junto a seu irmão, por crime cometido em maio deste ano

29 jun 2024 - 18h12
(atualizado em 30/6/2024 às 09h37)
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Influenciador Nino Abravanel é suspeito de homicídio e procurado pela polícia de SP:

O influenciador Deivis Elizeu Costa Silva, conhecido como Nino Abravanel, 18 anos, e o seu irmão Deric Elias, 20, são procurados pela Polícia Civil de São Paulo por suspeita de participação em um homicídio cometido em maio, na zona sul da capital paulista. A defesa dos irmãos nega envolvimento no crime. 

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, o homicídio aconteceu por volta das 23h do dia 19 de maio, na Estrada do M'Boi Mirim, avenida que liga o início do distrito do Jardim São Luís até o final do distrito de Jardim Ângela, no município.

O influenciador Nino Abravanel é suspeito de ter matado um homem em maio deste ano.
O influenciador Nino Abravanel é suspeito de ter matado um homem em maio deste ano.
Foto: Reprodução/Facebook: NinoA / Estadão

A vítima, o servente de pedreiro Tarcísio Gomes da Silva, de 32 anos, foi alvejada por disparos de arma de fogo. Ainda de acordo com a secretaria, um terceiro suspeito, de 23 anos, já havia sido preso no dia 20 de junho por suposta participação no crime.

Agora, as diligências relacionadas ao caso prosseguem pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que busca a localização e prisão dos suspeitos e a elucidação do crime.

Nino Abravanel tem mais de 4,3 milhões de seguidores no Instagram. Por lá, é possível encontrar conteúdos que representam o seu estilo de vida, conquistas pessoais - como carros e motos de luxo -, e música funk, ritmo para o qual ele tem produções junto a artistas conhecidos, como Ryan SP e Oruam.

O influenciador Nino Abravanel é suspeito de ter matado um homem em maio deste ano.
O influenciador Nino Abravanel é suspeito de ter matado um homem em maio deste ano.
Foto: Reprodução/Facebook: NinoA / Estadão

Após a divulgação de notícias de que ele estaria sendo procurado pela Justiça, o influencer tem recebido mensagens de apoio dos seus seguidores nas redes sociais. Os fãs pedem por sua liberdade e especulam que a motivação para o crime teria sido vingança em nome do avô do jovem, morto após ser espancado.

O que diz a defesa de Nino?

Ao Estadão, o advogado de defesa de Nino e de seu irmão, Felipe Cassimiro de Oliveira, disse que ambos são "totalmente inocentes da acusação que recai sobre eles". De acordo com ele, "as alegações infundadas são baseadas em suposições e falta de evidências concretas que comprovem algum envolvimento direto ou indireto" dos irmãos na morte de Tarcísio Gomes da Silva.

A defesa ainda acusa Tarcísio Gomes da Silva de ter assassinado o avô do influenciador, Valdeci Ferreira da Silva, no início deste ano. E chama o homem de "serial killer", alegando que ele "tinha um histórico criminal bem extenso, incluindo casos de estupro, homicídio e feminicídio, e encontrava-se, ainda por cima, foragido da Justiça".

A reportagem questionou a Secretaria de Segurança Pública sobre a ficha criminal do falecido e sobre o suposto envolvimento dele na morte do avô de Nino, no início deste ano, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.

"A defesa acredita na possibilidade de que outras pessoas possam ter sido responsáveis pela morte do serial killer, considerando o contexto complexo e as motivações obscuras que ainda precisam ser esclarecidas pela investigação", afirma o advogado, em nota. "As imagens de câmera apresentadas pela polícia são nebulosas e inconclusivas, não oferecendo uma representação clara dos eventos".

Oliveira alega que Nino Abravanel "sempre se colocou à disposição da Justiça desde o início das investigações, cooperando plenamente para esclarecer qualquer dúvida que possa surgir".

"Consideramos a prisão temporária de Nino Abravanel completamente injusta e desproporcional diante da manifesta falta de evidências, bem como da clara ausência dos requisitos da Lei Federal n. 7.960/89. Confiamos que a verdade prevalecerá e que a investigação será arquivada."

Estadão
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