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Influenciador que acompanhava operações policiais no RS tem prisão decretada por estupro

Conhecido como "Pirata", o suspeito tem mais de 150 mil seguidores em uma rede social

30 out 2024 - 08h12
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O influenciador digital Leandro dos Santos, popularmente conhecido como Pirata, teve sua prisão preventiva decretada por suspeita de envolvimento em um caso de estupro que teria ocorrido no dia 23 de outubro, em sua agência localizada em Gravataí. A solicitação de prisão foi feita pelo Ministério Público (MP) e aceita pelo Serviço de Plantão no último sábado (26); entretanto, ele ainda não foi encontrado.

Foto: Reprodução / Instagram / Porto Alegre 24 horas

Pirata acumula mais de 150 mil seguidores em uma rede social, onde acompanha e divulga operações realizadas pela Polícia Civil e pela Brigada Militar. Além disso, ele produz podcasts entrevistando membros da segurança pública do Rio Grande do Sul. Até 18 de junho deste ano, Leandro ocupava um cargo comissionado na área de comunicação da Secretaria de Segurança Pública (SSP), atuando na produção de vídeos sobre operações.

Um inquérito policial, em sigilo, está em curso na Delegacia da Mulher de Gravataí após a vítima registrar a denúncia em uma delegacia de plantão. O Ministério Público já encaminhou um pedido de prisão de ofício, que foi acolhido pela Justiça.

O despacho da prisão, agora público, inclui detalhes da ocorrência policial e relatos da vítima, embora algumas partes tenham sido omitidas devido à violência narrada. A decisão judicial considerou que Leandro possui uma arma de fogo registrada, que teria sido usada no crime.

O que diz a vítima?

No dia do suposto crime, a mulher afirmou ter sido chamada para a agência de Leandro para uma entrevista de emprego voltada à produção de conteúdos para redes sociais. Ela relata que foi recebida em uma sala privada, onde o suspeito sugeriu que ambos brindassem para celebrar a contratação. Inicialmente, ele trouxe latas de "ice", que foram consumidas.

"A vítima tomou a primeira, foi ao banheiro e quando retornou a lata estava em local diverso ao que a vítima tinha deixado, tendo ela dispensado o líquido. Que após, a vítima retornou a mesa do estúdio ao que o suspeito ficou questionando se ela tinha bebido tudo", consta no registro.

O relato da ocorrência descreve que a vítima sentiu-se desconfortável com a situação, mas o homem insistiu para que ela continuasse bebendo, desta vez whisky. Em determinado momento, ele teria retirado uma arma da cintura e a colocado sobre a mesa. Em seguida, o suspeito teria forçado um beijo e tocado as partes íntimas da vítima.

A vítima conta que conseguiu se refugiar no banheiro e depois deixou a sala, mas foi conduzida por Pirata até o local onde trabalhava. Após o incidente, ela continuou a receber mensagens e ligações do suspeito.

Porto Alegre 24 horas
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