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Instituto Moreira Salles lança e-book fotográfico sobre pessoas negras; veja como acessar

Disponível para download gratuito, publicação procura difundir narrativas pautadas em questões de raça e gênero, com uma abordagem mais inclusiva

13 jan 2024 - 03h10
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A série de palestras Negras imagens - Formação a partir do acervo IMS, realizada em 2022, analisou a representação de homens e mulheres negros em fotografias e obras iconográficas presentes nas coleções do Instituto Moreira Salles. O objetivo foi difundir narrativas alternativas relacionadas às questões raciais e de gênero, propondo novos ângulos para a própria história da cultura no Brasil e valorizando a diversidade étnica.

Esse exercício continua com o lançamento do e-book que recebe o mesmo nome do evento e que está disponível para leitura e download gratuito no site do instituto (neste link é possível baixá-lo gratuitamente). A publicação procura evidenciar narrativas muitas vezes negligenciadas, novas interpretações da história afro-brasileira e do conceito de patrimônio. O e-book também enfatiza a necessidade de abordagens mais inclusivas e reflexivas nas narrativas visuais.

O livro é formado por dez ensaios que analisam as imagens, além de obras de autoria negra. Os textos, assinados por autores como Alexandre Araujo Bispo, Ana Beatriz Almeida, Diane Lima, Ione da Silva Jovino, Janaina Damaceno, Juliana Barreto Farias, Mônica Cardim, Rafael Domingos Oliveira, Roberto Conduru e Vanicléia Silva Santos, exploram temas abordados nos encontros on-line organizados de 2022, em conexão com a exposição "Walter Firmo: no verbo do silêncio a síntese do grito".

Em suas análises, evidenciam narrativas pouco contadas, apontando possibilidades de construção de novos modos de interpretar a história afro-brasileira e o próprio conceito de patrimônio.

"Os ensaios também estimulam o instituto a apurar continuamente seu olhar sobre o patrimônio do qual é guardião, se valendo dessas perspectivas renovadoras para alimentar suas ações e projetos, sobretudo na área de educação", afirma Regina Bittencourt, diretora de Educação do IMS.

Entre os temas abordados no material estão a representação de crianças negras, relações entre arquitetura e africanismo no Brasil, intercâmbios de gênero e raça no trabalho urbano, e a importância da figura paterna na representação da família negra.

A publicação também pode ser utilizada por professores, em especial aqueles da escola pública, e pesquisadores como ferramenta para o cumprimento da lei 10.639/03, que determina a abordagem da história e da cultura afro-brasileira no ensino.

Um dos núcleos da publicação trata das representações de crianças negras. A educadora Ione da Silva Jovino examina duas imagens do fotógrafo Vincenzo Pastore para tratar da criação e repetição de estereótipos associados aos corpos negros, além das dinâmicas de segregação na São Paulo do início do século XX.

Já o historiador Rafael Domingos Oliveira reflete sobre as representações de crianças negras em duas coleções do IMS: a de Marc Ferrez, sobretudo as fotos da década de 1880, e as de Walter Firmo, com ênfase nos registros de festas populares brasileiras.

As fotografias de Marc Ferrez também são objeto de análise no ensaio de Juliana Barreto Farias. A historiadora parte de registros de trabalhadores na praça do Mercado, feitos por Ferrez no fim do século XIX, para abordar as relações entre trabalho urbano, gênero e raça na cidade.

* Este conteúdo foi produzido em parceria com o departamento de Educação do Instituto Moreira Salles

Estadão
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