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Intoxicação por monóxido de carbono pode levar à morte em poucas horas; entenda

Família morreu no Chile, possivelmente por inalação de gás tóxico

24 mai 2019 - 03h10
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A intoxicação por monóxido de carbono, principal hipótese para a morte de seis brasileiros no Chile nesta quarta-feira, 22, pode matar em poucas horas. O gás, que não tem cheiro, impede o oxigênio de chegar às células, "asfixiando" a vítima aos poucos.

Nesta quarta-feira, quatro adultos e dois adolescentes de 13 e 14 anos que estavam de férias em Santiago, capital chilena, foram encontrados mortos em um apartamento alugado. Acionado, o Corpo de Bombeiros identificou alta concentração de monóxido de carbono no imóvel.

Debora Muniz e Fabiano de Souza, junto dos filhos Felipe e Caroline, respectivamente com 12 e 14 anos
Debora Muniz e Fabiano de Souza, junto dos filhos Felipe e Caroline, respectivamente com 12 e 14 anos
Foto: Instagram/Debora Muniz/Reprodução / Estadão

A família começou a sentir-se mal e chegou a acionar parentes no Brasil que, por sua vez, avisaram ao consulado. Quando a polícia entrou no apartamento, porém, todos já estavam mortos. As autoridades agora investigam as causas das mortes, mas não está descartado o vazamento de gás.

"O monóxido de carbono se liga à hemoglobina, que é a substância do sangue responsável por carregar o oxigênio para os tecidos. Nessa ligação, a hemoglobina perde a capacidade de transportar o oxigênio para os órgãos, que vão paralisando", explica o médico pneumologista Igor Bastos Polonio.

Os primeiros sintomas são dor de cabeça, tontura e confusão mental. Mas o quadro evolui rapidamente para perda de consciência e coma. A pessoa também perde a força para se locomover. É a falta de oxigênio nos tecidos que deixa as vítimas arroxeadas e com articulações paralisadas.

A professora Débora Muniz Nascimento, de 38 anos, uma das vítimas da tragédia, chegou a enviar mensagem de áudio a uma irmã, pedindo socorro. Nas gravações, ela relata que o filho estava roxo e imóvel, que todos sentiam mal e vomitavam. Também dizia sentir as articulações paralisadas.

"Mesmo que a pessoa ainda esteja consciente, ela fica fraca, não tem força para sair dali e pedir ajuda", explica o médico toxicologista Sergio Graff.

Estadão
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