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Jovens de bairro nobre de SP participam de ato pró-Petrobras

Grupo de cerca de 10 estudantes de colégio do Itaim Bibi esteve na Avenida Paulista contra o impeachment da presidente

13 mar 2015 - 20h40
(atualizado às 20h49)
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<p>Estudantes dizem que não precisam ser de direita por estudar em colégio de área nobre</p>
Estudantes dizem que não precisam ser de direita por estudar em colégio de área nobre
Foto: Elisa Feres / Terra

Elite. Burgueses. Reacionários. Coxinhas. Esses foram alguns dos nomes usados por participantes do ato em defesa da Petrobras realizado nesta sexta-feira (13), em São Paulo, para designar aqueles que são favoráveis ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Entre os manifestantes que participaram do protesto estavam militantes de partidos políticos, integrantes de movimentos sociais, simpatizantes do governo. E adolescentes que estudam em um colégio do Itaim Bibi, região nobre da capital.

“Estudamos na escola Nossa Senhora das Graças, conhecida como ‘Gracinha’. As pessoas brincam com o fato de sermos alunas de um colégio que fica no Itaim Bibi e estarmos hoje aqui, claro. As piadas acontecem. Não tem o que fazer. Mas levamos numa boa”, disse Alice Rosa, uma das garotas.

Questionada sobre o motivo que a levou a participar do ato, respondeu sem gaguejar. “A manifestação nos interessou. Fizemos algumas pesquisas na internet e também conversamos com nossos professores sobre ela. O principal, na minha opinião, é discutirmos a reforma política. Também acho importante questionarmos medidas como o MP 655, que fez alterações no seguro-desemprego”, afirmou.

Por ter apenas 15 anos, ela, que tinha adesivos com o nome da presidente colados pelo corpo, não pôde participar da última eleição. A votação de 2014, no entanto, foi a primeira eleição presidencial da amiga Marcela Proença, de 18 anos. Sua candidata no primeiro turno foi Luciana Genro (Psol) e, do segundo, Dilma. Antiga aluna do mesmo colégio, ela agora estuda História na Universidade de São Paulo (USP). E não acredita que a presença de seu grupo neste tipo de evento seja contraditória.

“Acho que nós temos que aceitar nossa condição de privilegiadas. Mas não é por isso, pela nossa condição, que temos que ter um posicionamento político de direita. Podemos apoiar a luta dos trabalhadores. Por que não? Eu estou aqui pela reforma política e contra o impeachment da presidente. O que não quer dizer que eu seja pró-governo”, disse. 

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Fonte: Terra
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