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Justiça considera que greve dos metroviários de SP é abusiva

8 jun 2014 - 11h49
(atualizado às 14h15)
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Estação Jabaquara fechada mais uma vez neste domingo
Estação Jabaquara fechada mais uma vez neste domingo
Foto: Renato S. Cerqueira / Futura Press

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) considerou neste domingo abusiva a greve dos metroviários de São Paulo durante uma audiência para definir a legalidade da paralisação, que teve início na última quinta-feira.

"Não houve atendimento mínimo à população, gerando grande transtorno, inclusive, no âmbito da segurança pública”, afirmou o desembargador Rafael Pugliese

O tribunal decidiu ainda pela manutenção do pagamento da multa diária de R$ 100 mil pela paralisação ao Sindicato dos Metroviários em São Paulo, que será revertida ao Hospital do Câncer. A Justiça determinou ainda o reajuste salarial da categoria em 8,7%, última proposta feita pelo Metrô. 

Os desembargadores também decidiram que, caso os trabalhadores mantenham a greve, o sindicato deve pagar multa de R$ 500 mil por dia a partir de amanhã. O julgamento concluiu pela autorização do desconto pelos dias parados, além de não assegurar a estabilidade dos grevistas.

O colegiado estabeleceu ainda o valor do vale-alimentação mensal para R$ 290 mais parcela extra anual; e o vale-refeição diário para R$ 669,16. Outra definição importante do julgamento refere-se ao piso salarial dos engenheiros, no valor de R$ 6.154. 

A categoria fará assembleia às 14h deste domingo para decidir se acata a decisão da Justiça.  O Metrô se manifestou, por meio de nota, logo após o término da audiência. A empresa disse que "respeita a decisão" do TRT e que "cumprirá as determinações da Justiça". "A Companhia aguarda o retorno imediato dos empregados ao trabalho para que o sistema volte a operar integralmente. Os excessos apurados durante a greve serão tratados em conformidade com os instrumentos internos e a legislação trabalhista", completou a empresa.

No fim da tarde de ontem, ocorreu nova assembleia do Sindicato dos Metroviários em São Paulo, que decidiu que a categoria vai continuar com a greve. Segundo o órgão, oito centrais sindicais ofereceram apoio à greve dos metroviários neste sábado. Entre elas, estão a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical.

Na sexta-feira, a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) manteve a última proposta de reajuste salarial feita à categoria em audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), de 8,7%. 

Segundo o Tribunal, independentemente do resultado do julgamento de hoje, os metroviários deverão voltar ao trabalho logo após a sessão. Mas os trabalhadores dizem que a greve é por tempo indeterminado. 

Greve chega ao 4º dia

Por causa da greve dos metroviários, o Metrô de São Paulo têm operação parcial nas principais linhas neste domingo. De acordo com a empresa, os trens das linhas 1 - Azul, 2 - Verde e 3 - Vermelha começaram a circular entre algumas estações às 5h52. A linha 4 - Amarela entrou em operação no horário habitual, às 4h40, enquanto a 5 - Lilás começou a circular cinco minutos depois.

Na linha 1 - Azul, os trens circulam entre as estações Ana Rosa e Luz; na 2 - Verde, entre as estações Ana Rosa e Clínicas; na 3 - Vermelha, entre as estações Bresser-Mooca e Marechal Deodoro. A linha 5 - Lilás tem todas as estações abertas.

Neste domingo, a linha 4 - Amarela está com o trecho entre as estações Faria Lima e Paulista interditado, para realização de obras de expansão da via. Por conta disso, foi acionado o sistema Paese (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência) para que os usuários façam o trajeto de ônibus.

No fim da tarde de ontem, ocorreu nova assembleia do Sindicato dos Metroviários em São Paulo, que decidiu que a categoria vai continuar com a greve. Às 10h deste domingo, está marcado o julgamento do dissídio da greve no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). 

Segundo o Tribunal, independentemente do resultado do julgamento, os metroviários deverão voltar ao trabalho logo após a sessão. Mas os trabalhadores dizem que a greve é por tempo indeterminado.

Fonte: Terra
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