Entidades de direitos humanos recorreram à Organização dos Estados Americanos (OEA) para denunciar as circunstâncias da prisão de ativistas em protestos na capital fluminese. A organização não governamental (ONG) Justiça Global e o Instituto de Defensores de Direitos Humanos (DDH) questionam os critérios para a prisão de 190 pessoas na manifestação do Dia do Professor, dais quais sete permanecem detidas no complexo penitenciário de Bangu, onde estão os principais criminosos do Estado. Quatro conseguiram habeas-corpus nesta sexta-feira.
Segundo as entidades de direitos humanos, a prisão dos ativistas foi arbitrária e baseada em elementos frágeis. "Não tem uma prova material, não tem um vídeo, é só a prova testemunhal, normalmente o depoimento de um policial, que pode ser o mesmo acusado de ter cometido uma série de abusos", disse a advogada da Justiça Global Natália Damazio, que participou da elaboração da denúncia, que critica também a utilização de armas letais no protesto do último dia 15.
As instituições questionam também a aplicação da Lei de Organizações Criminosas (Lei 12.850), aprovada em agosto deste ano, contra os ativistas, prática considerada exagerada também pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e a recusa da Justiça em liberar os ativistas mesmo com o pedido de prisão retirado ou relaxado pelo Ministério Público do Estado. Há denúncia ainda de demora na execução de alvarás de soltura em 24 horas. Alguns chegam a levar cinco dias.
Como exemplo de prisões arbitrárias nos protestos, as organizações destacam, entre 190 casos, o do morador de rua Rafael Vieira, detido há mais de 100 dias com um balde de água sanitária, álcool e uma vassoura nas mãos. "Ele estava indo limpar o local onde dorme quando foi pego na manifestação. Vários pedidos de liberdade foram negados porque ele não tem residência fixa. Este é exemplo de um caso especialmente arbitrário", reforçou a advogada.
Para as entidades, outro caso que preocupa é o da estudante da Universidade Estadual do Rio de Janeiro Daniela Soledad dos Santos Barbosa, que chegou a fazer greve de fome até ontem e está entre os presos que devem ser liberados a partir de hoje. De acordo com a Justiça Global, a prisão de Daniela foi fundamentada na declaração do policial que a prendeu, conforme registra o boletim de ocorrência.
"A aplicação dessa lei (12.850) é repleta de inconstitucionalidades, como o livre arbítrio das polícias nas detenções e imputação de crimes inafiançáveis. É uma lei que tem sido aplicada de forma abusiva, sem critérios, com intuito de repressão política e desmobilização", disse Natália.
De acordo com a Justiça Global, que fez um ato em frente ao Tribunal de Justiça na tarde de hoje, as denúncias à OEA costumam ser respondidas em poucos dias. A organização deve cobrar do governo brasileiro uma respostas às denuncias. Além da liberdade dos ativistas, as entidades esperam impedir que condutas criminosas sejam atribuídas a outros manifestantes.
Procuradas, a Secretaria Estadual de Assistência Social e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República não se pronunciaram sobre a denúncia à OEA.
16 de outubro - Entre os itens apreendidos estão cabos de guarda-chuva que seriam usados como armas, segundo a polícia
Foto: Marcus Vinícius Pinto / Terra
16 de outubro - Máscaras de proteção contra gás estariam com manifestantes ligados ao Black Bloc, segundo a polícia
Foto: Marcus Vinícius Pinto / Terra
16 de outubro - Bandeiras alusivas ao Black Bloc fazem parte do material apreendido apresentado nesta quarta-feira
Foto: Marcus Vinícius Pinto / Terra
16 de outubro - Facões e escudos improvisados foram apreendidos com manifestantes
Foto: Marcus Vinícius Pinto / Terra
16 de outubro - Uso de máscaras em manifestações é proibido por lei estadual, o que gera revolta entre os participantes dos protestos
Foto: Marcus Vinícius Pinto / Terra
16 de outubro - Polícia apresentou vasto material supostamente apreendido com manifestantes
Foto: Marcus Vinícius Pinto / Terra
16 de outubro - Bolinhas de gude seriam arremessadas com estilingues, segundo a polícia
Foto: Marcus Vinícius Pinto / Terra
16 de outubro - Entre os itens apreendidos estão rojões e fogos de artifício
Foto: Marcus Vinícius Pinto / Terra
16 de outubro - Escudo improvisado tem a inscrição do grupo Black Bloc
Foto: Marcus Vinícius Pinto / Terra
16 de outubro - Prédios usaram tapumes para evitar danos
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil
16 de outubro - Tapume usado em proteção de prédio foi pichado no protesto de terça-feira
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil
16 de outubro - Profissionais da prefeitura tiveram de limpar pichações feitas em meio ao protesto de terça-feira
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil
16 de outubro - Agência bancária teve fachada danificada em protesto nesta terça-feira
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil
16 de outubro - Manifestantes detidos durante protesto foram encaminhados durante toda esta quarta-feira ao Instituto Médico-Legal (IML), no centro da cidade, para fazer exame de corpo de delito
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil
16 de outubro - A assessoria da Polícia Civil informou que ainda está apurando o número de presos e os crimes cometidos
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil
16 de outubro - Também por nota, a Polícia Militar (PM) informou que foram conduzidos às delegacias mais de 180 pessoas
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil
16 de outubro - "Os PMs realizaram um cerco à Câmara detendo todas as pessoas que se encontravam nas escadarias", diz a nota. "Cinco ônibus com detidos, inclusive menores, foram encaminhados para as seguintes delegacias: 12ª, 17ª, 19ª, 22ª, 25ª, 29ª e 37ª DP", informou a PM
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil
17 de outubro - Para João Tinoco, membro do Diretório Central de Estudantes (DCE) - Roda Viva, a manifestação de resistência dos estudantes é "legítima e necessária nesse momento de caos político, de abuso de poder e do esgotamento da representatividade do governo do Estado"
Foto: Luiz Roberto Lima / Jornal do Brasil
17 de outubro - A ausência de qualquer tipo de provas materiais com os manifestantes, que pudesse caracterizar atos de vandalismo, é para os estudantes da PUC um cerceamento dos direitos
Foto: Luiz Roberto Lima / Jornal do Brasil
17 de outubro - Eles protestam contra a prisão dos colegas Ciro Oticica e Pedro Castelo Branco, detidos após as manifestações na noite de terça feira no centro do Rio
Foto: Luiz Roberto Lima / Jornal do Brasil
17 de outubro - Dezenas de estudantes da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) fecharam a Autoestrada Lagoa-Barra, sentido São Conrado, no acesso ao Túnel Acústico
Foto: Luiz Roberto Lima / Jornal do Brasil
18 de outubro - Manifestantes cobrem a boca com pano preto em forma de protesto
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil
18 de outubro - Petroleiros aproveitaram o protesto para distribuir panfletos contra o leilão do Campo de Libra, marcado para a próxima segunda-feira
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil
18 de outubro - O magistério do município está em greve desde o dia 8 de agosto
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil
18 de outubro - A maior parte dos manifestantes é formada por professores estaduais e municipais, com apoio de estudantes, sindicalistas, estudantes e lideranças indígenas
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil
18 de outubro - Dos 190 detidos, 84 foram presos e enviados para a cadeia, embora a Justiça já tenha determinado a libertação de boa parte deles
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil
18 de outubro - Durante o ato, o nome de cada preso foi chamado, um a um, ao qual os manifestantes gritavam "presente"
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil
18 de outubro - Eles novamente colaram cartazes de protesto no prédio e discursaram contra a violência policial, fazendo um minuto de silêncio pelas pessoas que foram presas na última terça-feira
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil
18 de outubro - Três dias depois de terem sido expulsos das escadarias da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, manifestantes voltaram nesta sexta-feira a ocupar o espaço
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil
25 de outubro - ONG questiona os critérios para a prisão de 190 pessoas na manifestação do Dia do Professor
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil
25 de outubro - A organização recorrereu à Organização dos Estados Americanos (OEA) para denunciar as circunstâncias da prisão de ativistas em protestos na capital fluminese
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil
25 de outubro - A ONG Justiça Global fez um ato em frente ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil
25 de outubro - Com palavras de ordem como "O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo", os manifestantes acusam a emissora de distorcer o noticiário a respeito dos protestos
Foto: Daniel Ramalho / Terra
25 de outubro - Policiais militares protegem a portaria da emissora de uma possível tentativa de invasão
Foto: Daniel Ramalho / Terra
25 de outubro - Eles pedem o fim do que classificam como "monopólio da Globo" na área da comunicação e a "democratização da mídia"
Foto: Daniel Ramalho / Terra
25 de outubro - Um grupo de aproximadamente 50 manifestantes protesta em frente à sede da Rede Globo, no Jardim Botânico, zona sul do Rio de Janeiro
Foto: Daniel Ramalho / Terra
25 de outubro - Manifestante protesta em frente à Rede Globo
Foto: Daniel Ramalho / Terra
25 de outubro - Funcionário da empresa fotografa o grupo da janela
Foto: Daniel Ramalho / Terra
25 de outubro - Manifestantes queimam isopor com símbolo da Rede Globo
Foto: Daniel Ramalho / Terra
25 de outubro - Centenas de manifestantes foram para a porta da Rede Globo protestar contra a emissora
Foto: Daniel Ramalho / Terra
25 de outubro - Policiais do Batalhão de Choque passam com motocicleta pela calçada durante protesto
Foto: Daniel Ramalho / Terra
25 de outubro - A manifestação em frente à Globo foi pacífica
Foto: Daniel Ramalho / Terra
25 de outubro - Motorista passa apoiando os manifestantes
Foto: Daniel Ramalho / Terra
25 de outubro - Com palavras de ordem como "O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo", os manifestantes acusam a emissora de distorcer o noticiário a respeito dos protestos
Foto: Daniel Ramalho / Terra
31 de outubro - Manifestantes se concentram em frente ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ)
Foto: Daniel Ramalho / Terra
31 de outubro - Homem vestido de Batman segura cartaz com a foto do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB)
Foto: Daniel Ramalho / Terra
31 de outubro - Um texto postado no Facebook, que é atribuído ao grupo Grito da Liberdade, pede que haja o "fim do monopólio da mídia, principalmente pelas Organizações Globo"
Foto: Daniel Ramalho / Terra
31 de outubro - Integrantes do grupo Black Bloc também participam da concentração
Foto: Daniel Ramalho / Terra
31 de outubro - A convocação do ato sustenta que a manifestação será pacífica
Foto: Daniel Ramalho / Terra
31 de outubro - "Na realidade, discute-se o papel da imprensa, e ela mesma está tentando entender essa situação. As questões se ampliaram. Não sou contratado da Globo, e não tenho nada contra nem a favor da emissora", disse o ator Luis Henrique Nogueira, que participou da novela Saramandaia
Foto: Daniel Ramalho / Terra
31 de outubro - Os manifestantes pretendem passar pela Assembleia Legislativa (Alerj) e descer a avenida Rio Branco até a Candelária, ponto final do protesto
Foto: Daniel Ramalho / Terra
31 de outubro - Cerca de 50 policiais acompanham a movimentação no local
Foto: Daniel Ramalho / Terra
31 de outubro - A concentração começou as 15h, e uma hora depois, apenas a atriz Leandra Leal, do time do primeiro escalão da Globo, tinha circulado pelo local
Foto: Daniel Ramalho / Terra
31 de outubro - O ato foi convocado pela internet por um vídeo que conta com a participação de diversos artistas globais, como Marcos Palmeira, Mariana Ximenes, Camila Pitanga e Wagner Moura
Foto: Daniel Ramalho / Terra
31 de outubro - O protesto, intitulado de Grito da Liberdade, pede a libertação de pessoas que foram presas em manifestações anteriores
Foto: Daniel Ramalho / Terra
31 de outubro - Cerca de 200 pessoas se concentraram em frente ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), no centro da capital
Foto: Daniel Ramalho / Terra
31 de outubro - Concentração do protesto foi em frente ao TJ-RJ
Foto: Daniel Ramalho / Terra
31 de outubro - Cerca de 50 policiais acompanharam a movimentação no local.
Foto: Daniel Ramalho / Terra
31 de outubro - A atriz Teresa Seiblitz disse estar no local para protestar contra prisões que classificou como "arbitrárias"
Foto: Daniel Ramalho / Terra
31 de outubro - A concentração começou as 15h, e, do primeiro escalão de artistas, apenas a atriz Leandra Leal passou pelo local, de forma bem rápida
Foto: Daniel Ramalho / Terra
31 de outubro - Manifestantes protestam em frente ao TJ-RJ
Foto: Daniel Ramalho / Terra
31 de outubro - Jovem deita no chão para protestar
Foto: Daniel Ramalho / Terra
31 de outubro - Os manifestantes pedem a soltura dos detidos em protestos anteriores
Foto: Daniel Ramalho / Terra
31 de outubro - Antes do fim do ato, os manifestantes protestaram contra o empresário Eike Batista em frente ao prédio onde ficam as empresas do grupo EBX, controladas pelo homem que já foi o mais rico do Brasil
Foto: Daniel Ramalho / Terra
31 de outubro - O grupo passou em frente ao edifício Serrador, que está com vidros estilhaçados devido a ataques ocorridos em outros protestos, e gritou palavras de ordem contra Eike
Foto: Daniel Ramalho / Terra
31 de outubro - "Eike Batista, vai se f..., e leva o Cabral com você", cantavam os manifestantes
Foto: Daniel Ramalho / Terra
31 de outubro - Homem vestido com fantasia do personagem Batman subiu nos Arcos da Lapa
Foto: Daniel Ramalho / Terra
31 de outubro - Manifestante pede liberdade para grupo preso em protestos anteriores
Foto: Daniel Ramalho / Terra
31 de outubro - Integrantes do grupo Black Bloc também estavam no protesto
Foto: Daniel Ramalho / Terra
31 de outubro - "Batman" faz protesto em cima dos Arcos da Lapa, famoso bairro boêmio da cidade
Foto: Daniel Ramalho / Terra
31 de outubro - Manifestante subiu no monumento para chamar a atenção para a causa do protesto
Foto: Daniel Ramalho / Terra
31 de outubro - Manifestantes fantasiados nos Arcos da Lapa
Foto: Daniel Ramalho / Terra
31 de outubro - Manifestantes fantasiados nos Arcos da Lapa
Foto: Daniel Ramalho / Terra
31 de outubro - Manifestantes fantasiados nos Arcos da Lapa
Foto: Daniel Ramalho / Terra
31 de outubro - Manifestantes fantasiados nos Arcos da Lapa
Foto: Daniel Ramalho / Terra
31 de outubro - Manifestantes fantasiados nos Arcos da Lapa
Foto: Daniel Ramalho / Terra
31 de outubro - Manifestantes fantasiados nos Arcos da Lapa
Foto: Daniel Ramalho / Terra
31 de outubro - Debaixo dos arcos, centenas de manifestantes ainda se reuniam
Foto: Daniel Ramalho / Terra
31 de outubro - Jovem lança rojão na Lapa, famoso bairro boêmio da cidade
Foto: Daniel Ramalho / Terra
31 de outubro - Trânsito na avenida Presidente Vargas foi parcialmente interrompido durante as manifestações
Foto: José Carlos Pereira de Carvalho / vc repórter
5 de novembro - Com máscara de caveira, servidor da Polícia Federal protesta no Rio de Janeiro contra o que a categoria chama de sucateamento da instituição
Foto: Daniel Scelza / Futura Press
5 de novembro - Com poucos manifestantes nas ruas, policiais têm conversa descontraída à espera da Marcha dos Mascarados, no centro do Rio
Foto: Mauro Pimentel / Terra
5 de novembro - O protesto foi marcado pela presença de muitas crianças
Foto: Mauro Pimentel / Terra
5 de novembro - Aos gritos de "Fora Cabral", os manifestantes carregavam faixas e bandeiras com o símbolo do anarquismo
Foto: Mauro Pimentel / Terra
5 de novembro - Havia muitas crianças entre os mascarados
Foto: Mauro Pimentel / Terra
5 de novembro - O episódio é mencionado na história de quadrinhos e no filme V de Vingança, origem das máscaras brancas difundidas em protestos ao redor do mundo nos últimos anos
Foto: Mauro Pimentel / Terra
5 de novembro - A data escolhida para o movimento coincide com a Noite de Guy Fawkes, quando houve uma tentativa frustrada de se explodir o Parlamento Britânico em 5 de novembro de 1605, organizada por um grupo conhecido como "Conspiração da Pólvora"
Foto: Mauro Pimentel / Terra
5 de novembro - Os atos foram convocados pelo grupo Anonymous na internet
Foto: Mauro Pimentel / Terra
5 de novembro - A Polícia Militar ordenou que um dos manifestantes, que estava fantasiado de Batman, tirasse a máscara, obedecendo a lei estadual que proíbe o uso dessas peças em protestos
Foto: Mauro Pimentel / Terra
5 de novembro - Após caminharem pela avenida Beira-Mar, na altura do Museu de Arte Moderna (MAM), os manifestantes começaram a voltar pro centro
Foto: Mauro Pimentel / Terra
5 de novembro - Havia também cartazes pedindo a libertação da bióloga brasileira, Ana Paula Maciel, presa na Rússia durante protesto do Greenpeace contra a exploração de petróleo no Ártico; 'Fora Cabral'; e questionando onde esta o ajudante de pedreiro Amarildo
Foto: Mauro Pimentel / Terra
5 de novembro - Eles correram para as escadarias da Câmara de Vereadores, se posicionando atrás de uma faixa com os dizeres 'Corrupto bom é corrupto morto. Sangue por sangue. Revolução ou morte'
Foto: Mauro Pimentel / Terra
5 de novembro - Após uma caminhada, os manifestantes chegaram à Cinelândia, pouco antes das 20h
Foto: Mauro Pimentel / Terra
5 de novembro - Um por tirar a bandeira do Estado do monumento a Zumbi e outro por carregar uma pedra portuguesa. Ele foram levados à 17ª DP
Foto: Mauro Pimentel / Terra
5 de novembro - Às 21h, dois manifestantes haviam sido detidos
Foto: Mauro Pimentel / Terra
5 de novembro - Um forte esquema de segurança foi montado pela Polícia Militar no centro do Rio de Janeiro, nesta terça-feira, para a "Marcha dos Milhões de Mascarados"
Foto: Mauro Pimentel / Terra
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Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.
A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. "Essas vozes precisam ser ouvidas", disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.