Justiça manda soltar Deolane Bezerra
Empresária havia sido presa na última quarta-feira (4) durante a Operação Integration; ela deve permanecer em prisão domiciliar
Na manhã desta segunda-feira (9), o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) concedeu prisão domiciliar à advogada Deolane Bezerra, que deverá usar tornozeleira eletrônica. A decisão, que acata os pedidos da defesa, acontece cinco dias depois da empresária ser detida.
O habeas corpus concedido inclui apenas a empresária e Maria Eduarda Filizola, esposa de Darwin Henrique da Silva Filho, dono da Esportes da Sorte. A mãe de Deolane, Solange Bezerra, continua presa.
Além de Deolane, outras 9 pessoas foram presas na "Operação Integration", realizada na última quarta-feira (4). A investigação tem como alvo um suposto esquema de lavagem de dinheiro vindo de jogos de azar.
De acordo com o g1, a decisão do TJPE determina que Deolane deverá permanecer em prisão domiciliar nos finais de semana e feriados. Além disso, precisará usar tornozeleira eletrônica, e não poderá entrar em contato com os outros investigados. Por fim, a empresária não pode se manifestar através de qualquer meio de comunicação, incluindo redes sociais ou imprensa.
Até o momento, a influenciadora ainda não saiu da Colônia Penal Feminina, em Recife.
Operação Integration
A operação policial investiga uma quadrilha suspeita de movimentar cerca de R$ 3 bilhões em um esquema de lavagem de dinheiro oriundo de jogos de azar ilegais. A Justiça determinou o confisco de bens dos alvos, como aeronaves e carros de luxo, e bloqueou ativos financeiros de R$2,1 bilhões.
Foram cumpridos, também, 24 mandados de busca e apreensão. Mais de 10 pessoas suspeitas de fazer parte do esquema foram detidas, incluindo o empresário Darwin Henrique da Silva Filho, dono da plataforma Esportes da Sorte.
A Polícia Civil aponta que o pagamento à vista na compra e venda de carros de luxo gerou indícios de "lavagem de dinheiro proveniente do jogo do bicho e de apostas esportivas".
A operação foi deflagrada em Recife, Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba e Goiânia (GO). Conforme a Polícia Civil, as investigações começaram ainda em abril do ano passado através do monitoramento de uma organização criminosa. Os crimes cometidos no esquema teriam sido lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais na internet.