Lobo é confundido e adotado como filhote de cachorro e vai para zoológico em SC
A convivência durou quatro meses, até que as mudanças físicas do crescimento chamaram a atenção do tutor
Um morador de Monte Santo de Minas, em Minas Gerais, adotou um filhote de lobo-guará pensando que se tratava de um filhote de cachorro que estava sozinho e vagando por uma rua da cidade.
A convivência durou quatro meses, até que as mudanças físicas do crescimento chamaram a atenção do tutor.
“Ele teve uma mudança na cor da pelagem, alongamento das pernas e orelhas, características físicas predominantes do lobo-guará”, explica o Analista Ambiental do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Cássio de Sousa Borges.
Ao descobrir que não se tratava de um cão, o tutor precisou entregar o filhote de lobo-guará aos órgãos ambientais.
O especialista explica que, por se tratar de animal silvestre e ameaçado de extinção, ele não pode ser mantido em ambiente doméstico. “Além do motivo legal, existe a motivação ecológica. Ele mantém seus instintos de vida silvestre e pode, ainda que sem intenção, causar algum tipo de reação".
Atualmente, o lobo recebe tratamento no Bioparque Zoo Pomerode, em Santa Catarina, onde vive em um recinto ideal para a sua espécie, com árvores frutíferas, arbustos, toca, lago, entre outros elementos da natureza. O animal se alimenta com frutas, legumes e uma mistura de carnes. A profissional que acompanha o lobinho conta que também são realizadas atividades para estimular os seus instintos.
“São ações que trazem dinamismo e desafios para ele. Adotamos formas para que ele tenha que procurar o alimento, usar mais o faro, ser esperto, entre outros sentidos, que ele teria que utilizar de forma frequente no ambiente externo”.
Atualmente, o lobinho divide o habitat com uma lobo-guará fêmea adulta. A bióloga conta que a conivência é importante para que ele desenvolva ainda mais seus instintos.