MA: polícia impede que manifestação chegue à sede do governo
Os manifestantes que fazem parte do protesto do Dia Nacional de Lutas em São Luís não conseguiram chegar próximo ao Palácio dos Leões, sede do governo do Maranhão. Um forte esquema policial bloqueou as vias de acesso e os manifestantes fizeram muito barulho, mas ficaram contidos pelas grades de proteção colocadas pela polícia e não conseguiram chegar à praça Dom Pedro II, onde ficam localizados prédios do governo do Estado, da prefeitura de São Luís e do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA).
Cerca de 800 pessoas participaram da manifestação, que começou na Praça Deodoro. Os manifestantes caminharam até as proximidades da sede do governo fechando a avenida Beira-Mar, uma das principais do centro de São Luís, causando grande engarrafamento. No Maranhão, policiais militares e Bombeiros.
Adriana Oliveira, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Maranhão, disse que este foi somente o primeiro passo, e que os movimentos irão organizar um protesto ainda maior para, da próxima vez, furar o bloqueio e ter acesso à praça Pedro II. “Isto é apenas o começo. A praça é do povo, é uma área pública e foi fechada de maneira irregular pela governadora. Esta manifestação é pacífica”, afirmou.
Alguns líderes negociaram a passagem de uma comissão pela barreira. A polícia havia aceitado o acordo, mas a maioria dos manifestantes foi contra, gritando que ou passavam todos ou nenhum. Então, as negociações foram encerradas e os manifestantes continuaram com o apitaço, a batucada e protestando contra a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB).
Além das pautas de nível nacional, como o fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, auditoria na dívida pública estadual, fim de despejos forçados e conflitos de terras patrocinados pelo latifúndio, existem reivindicações específicas do Maranhão como concurso público em todas áreas, 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a área da saúde e outros 10% para a área de educação, saneamento básico e contra o grupo Sarney.
Greve geral
Milhões de trabalhadores prometem cruzar os braços e paralisar serviços fundamentais como bancos, indústria, obras, transporte público e construção civil em várias cidades. Entre as entidades que aderiram a paralisação nacional estão a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), além do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da União Nacional dos Estudantes (UNE).
Chamado pelos sindicatos de greve geral, o movimento - que pegou carona na onda de protestos que atingiu diversas cidades brasileiras em junho - é o quarto desse tipo em 190 anos, desde a Independência (7 de setembro de 1822). Em 2013, a novidade é a unificação dos sindicatos e movimentos sociais em uma pauta que cobra o avanço do Brasil.
Veja a lista divulgada pela Força Sindical das cidades que devem participar do dia de paralisações:
ESTADO | CIDADES |
Amazonas | Manaus |
Alagoas | Maceió |
Bahia | Salvador, Itabuna, Alagoinhas, Brumado, Caetité, Jequié, Camaçari, Nazaré, São Roque e Itabuna |
Ceará | Fortaleza |
Distrito Federal | Brasília |
Espírito Santo | Vitória |
Goiás | Catalão e Anápolis |
Mato Grosso | Cuiabá |
Mato Grosso do Sul | Campo Grande |
Minas Gerais | Belo Horizonte e Ipatinga |
Pará | Belém |
Paraná | Curitiba |
Pernambuco | Recife |
Rio de Janeiro | Rio de Janeiro, Volta Redonda e Resende |
Rio Grande do Norte | Natal |
Rio Grande do Sul | Porto Alegre e Região Metropolitana |
Santa Catarina | Florianópolis, Criciúma, Itajaí e Chapecó |
São Paulo | São Paulo, Osasco, Santo André, Guarulhos, São Caetano, Santos, Barretos, Marília, Campinas, Piracicaba, Ribeirão Preto, Franca, Santos, Sorocaba, São José dos Campos, Lorena, Araçatuba, entre outras. |
Sergipe | Aracaju |