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Madrasta riu ao envenenar enteado, segundo depoimento

Mulher, de 49 anos, foi presa preventivamente nesta sexta-feira, 20, acusada de envenenar dois enteados com chumbinho

21 mai 2022 - 11h10
(atualizado às 15h21)
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Cíntia Mariano Dias Cabral, suspeita de envenenar enteados
Cíntia Mariano Dias Cabral, suspeita de envenenar enteados
Foto: Reprodução/TV Globo

Uma filha de Cíntia Mariano Dias Cabral disse em depoimento à polícia que a mãe "ficou rindo" ao servir mais feijão envenenado para o enteado de 16 anos, segundo o jornal Extra. Ela também contou que o menino chegou a estranhar o sabor da refeição, como se estivesse "comendo um nojo".

A filha disse ainda, de acordo com o jornal, que viu no prato do menino "um líquido esverdeado escuro e brilhoso", mas acreditou ser tempero da comida.

A mulher, de 49 anos, foi presa preventivamente nesta sexta-feira, 20, acusada de envenenar dois enteados com chumbinho. Ela é suspeita de ter assassinado a jovem Fernanda Carvalho, de 22 anos, em março e, um mês depois, tentar repetir a prática com o irmão dela. 

Fernanda foi internada em 15 de março com mal-estar e dificuldade para respirar. Ela ficou internada por 13 dias, mas não resistiu e morreu no hospital.

Na época, os médicos atestaram a morte de Fernanda em decorrência de causas naturais. As suspeitas de envenenamento surgiram quando o irmão mais novo dela passou mal após um almoço na casa da madrasta e precisou ser levado, às pressas, para o hospital.

De acordo com a 33ª Delegacia de Polícia (DP), em Realengo, o adolescente deu entrada no Hospital Municipal Albert Schweitzer, na zona oeste da cidade, com "tonteira, língua enrolada, babando e com a pele branca após comer feijão servido por Cíntia".

O jovem foi submetido a uma lavagem estomacal e a um exame de sangue, que detectou níveis elevados de chumbo em seu organismo. A mãe dos jovens procurou a delegacia para registrar a suspeita de envenenamento no mesmo dia.

Os policiais foram até a casa de Cíntia para recolher o feijão para análise laboratorial. Ela foi levada para a 33ª DP, em Realengo, para prestar depoimento, onde teve a prisão decretada.

No mandado de prisão, a juíza Raphaela de Almeida Silva, da 3ª Vara Criminal do TJ-RJ, diz que a liberdade da madrasta "poderá causar prejuízos irreparáveis para o prosseguimento das investigações policiais": "Isso porque poderá exercer pressão sobre as testemunhas, levando em conta que os presentes na residência no momento do crime são familiares, filhos inclusive da suspeita".

*Com informações do Estadão Conteúdo.

Fonte: Redação Terra
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