Mãe de Isabella Nardoni lamenta decisão da Justiça: "Assassinos soltos"
Anna Carolina Jatobá, madrasta de Isabella, foi solta e irá cumprir pena em regime aberto
-1jy7orqt0u4hi.png "Redação Terra"){kind=small}
Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella Nardoni, menina que foi morta pelo pai Alexandre Nardoni e pela madrasta em 2008, lamentou a decisão da Justiça de São Paulo que concedeu progressão de pena a Anna Carolina Jatobá. Agora, a madrasta irá cumprir a pena em regime aberto.
"Só lamentar. Assassinos soltos, bandidos soltos e muitos inocentes presos", disse Ana Carolina Oliveira ao portal Metrópoles.
A madrasta de Isabella foi condenada a 26 anos e oito meses de prisão em 2010. Ela foi solta depois que a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou, por unanimidade, que a Justiça de São Paulo analisasse o pedido de progressão para o regime aberto apresentado por sua defesa.
Há três anos, em maio de 2020, Anna Carolina havia perdido o direito ao regime semiaberto, por cometer falta grave: ela foi flagrada conversando com os filhos por videochamada na penitenciária de Tremembé, o que não é permitido.
Já Alexandre Nardoni, pai da menina, foi condenado a 31 anos, um mês e 10 dias. Ele continua preso em Tremembé.
Relembre o caso Nardoni
Isabella Nardoni, de 5 anos, foi encontrada ferida no jardim do prédio onde moravam o pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, em São Paulo, no dia 29 de março de 2008. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Em depoimento, o pai da criança disse que o prédio foi assaltado, e a menina, jogada por um dos bandidos, que cortou a tela de proteção da janela. A versão, no entanto, não foi sustentada pela perícia.
Em 3 de abril do mesmo ano, o casal foi preso pelo assassinato da criança. Segundo o Ministério Público, Anna Carolina agrediu Isabella ainda dentro do carro e asfixiou a menina no apartamento. Por achar que ela estava morta, o pai cortou a rede de proteção e jogou a filha do sexto andar. Alexandre e a mulher sempre negaram as acusações.
