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Mãe questiona versão do suspeito de matar a filha

Corpo de Giovana Pereira Caetano foi encontrado na última terça-feira (27) no interior de SP

30 ago 2024 - 14h46
(atualizado às 15h23)
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Giovana Pereira desapareceu em dezembro de 2023
Giovana Pereira desapareceu em dezembro de 2023
Foto: Reprodução

Patrícia Alessandra Pereira não se conforma com a versão dada pelo empresário Gleison Luis Menegildo sobre a morte da sua filha, Giovana Pereira Caetano, que estava desaparecida desde o final do ano passado. O corpo da garota de 16 anos foi encontrado na última terça-feira, 27, enterrado em uma propriedade de Gleison, na cidade de Nova Granada, no interior do estado de São Paulo.

Segundo a versão do empresário, Giovana tinha pedido um emprego para ele e foi levar o currículo na noite de 20 de dezembro de 2023.

Gleison afirma que estava havendo uma festa de confraternização de final de ano no local e ao retornar, depois de sair para comprar mais bebidas, encontrou a jovem consumindo drogas e beijando outro homem que estava na festa.

"Eu não tinha conhecimento de que ela estava pedindo um estágio a ele. Tenho dúvida se não foi ele que falou para ela ir ao local levar o currículo. É muito fácil jogar a culpa e toda responsabilidade para a minha filha, de que ela foi lá, que ela usou droga, que ficou beijando os homens, que estava com roupas inapropriadas, sendo que estava de calça jeans, camiseta e tênis. Estão culpando a única pessoa que sabe o que aconteceu e não pode dizer", afirmou a mãe da adolescente ao UOL.

“Mesmo que ela tenha pedido emprego, por que ele chamou uma menina de 16 anos às 19h30 para ir a uma empresa? Minha filha tinha orientação e instrução, nunca faria nada disso do que estão falando. Ela não era uma menina jogada. Eu estou sempre com meus filhos, não sou ausente”, continuou desabafando.

Giovana saiu de casa para morar com uma amiga dois meses antes de desaparecer. Segundo Patrícia Pereira, a filha era uma menina muito inteligente, que tinha aprendido a falar inglês sozinha e sonhava viajar para o Canadá.  "Ela sempre falou que queria trabalhar, mas eu dizia que não tinha necessidade, meus filhos sempre tiveram o que precisavam”, declarou Patrícia.

Gleison e Giovana teriam se conhecido por meio do aplicativo de relacionamentos Tinder em maio de 2023. Patrícia afirma que viu a troca de mensagem entre os dois na época ao olhar o celular da filha e alertado ela por conta da diferença de idade entre os dois. “Ela disse que se relacionava com ele, que os dois tiveram uma relação e que ele ofereceu ajuda financeira para ela. Falei que ela não precisava disso. Ela me disse que não teria mais encontrado com ele", contou a mãe.

Segundo o advogado de Gleison, Carlos Sereno, o seu cliente e Giovana tiveram um único encontro e que a garota havia recebido um valor, não informado pela defesa, via Pix.

"Ela disse que se relacionava com ele, que os dois tiveram uma relação e que ele ofereceu ajuda financeira para ela. Falei que ela não precisava disso. Ela me disse que não teria mais encontrado com ele", detalhou a mãe.

Desaparecimento e ocultação de cadáver

Patrícia Pereira lembra que falou com a filha pela última vez no dia 20 de dezembro de 2023.  Ela afirma que tentou contato com a filha no dia seguinte, mas não teve nenhuma resposta da adolescente.

No dia 23 de dezembro ela entrou em contato com a polícia e passou a ir atrás do paradeiro da filha por conta própria. O caseiro Cleber Danilo Partezan indicou a polícia o local onde estaria o corpo de Giovana.  Ele afirmou aos policiais, que no dia 21 de dezembro Gleison foi até o sítio onde ele trabalhava e pediu para o funcionário cavar um buraco. O patrão pediu segredo, confessando que iria enterrar o corpo de uma pessoa, mas não detalhou se seria um homem ou uma mulher.

Os policiais encontraram junto ao corpo pertences da vítima, como anel, maquiagem, celular e roupas. O material será analisado pelo Instituto Médico Legal. O caso foi registrado pelo delegado Ericson Salles, da Polícia Civil de São Paulo, como morte suspeita, destruição, subtração ou ocultação de cadáver e posse irregular de arma de fogo de uso permitido.

Gleison Luis Menegildo pagou fiança de R$ 15 mil e aguarda o final das investigações em liberdade. O caseiro Cléber Danilo Partzan pagou o equivalente a cinco salários mínimos e também está em liberdade,

"A lei não é para todos?. Vou continuar acompanhando de perto os passos da polícia. Ele destruiu a minha família, matou todos os sonhos dela", afirma Patrícia Pereira.

Fonte: Redação Terra
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