Mães procuram polícia após filha ser obrigada a participar de evento escolar de Dia dos Pais
Casal descobriu o ocorrido por meio da mãe de um colega da garota
As mães de uma garota de nove anos registraram boletim de ocorrência após a filha ter sido obrigada a participar de um evento em comemoração ao Dia dos Pais em uma escola de Jaboatão dos Guararapes, na região metropolitana de Recife (PE).
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Maira Moraes, uma das mães, ficou sabendo do ocorrido por meio de uma amiga, que é mãe de uma colega da filha. Ao g1, ela relatou a situação: “O amiguinho estava lá na apresentação do Dia dos Pais e disse que a ‘tia’ o obrigou a participar. E ela não quis, né? Ficou triste e chorosa com isso e o colega tentou consolar. Outra mãe, de um outro colega, foi quem ajudou. Tirou ela de lá e ficou com ela no colo durante a apresentação”.
De acordo com Maira, a unidade de ensino foi informada durante a matrícula que a menina é filha de duas mães, com a recomendação de que ela ficasse em sala de aula durante atividades do tipo. Pedido esse que foi atendido em anos anteriores.
Outra mãe da menina, a fonoaudióloga Nathalia Lins procurou a coordenação do colégio para entender o que havia acontecido. Segundo ela, embora não soubessem do ocorrido, os funcionários do turno da tarde se desculparam e disseram que não era o direcionamento da instituição, mas afirmaram que o local era uma “escola tradicional”.
“Pedi para falar com os responsáveis para entender o que tinha acontecido. Estavam duas coordenadoras e, para minha surpresa, elas não sabiam de nada, o que eu achei mais preocupante ainda. Justifiquei que o Dia dos Pais é muito sensível e elas falaram: ‘somos uma escola tradicional’”, explicou.
De acordo com o relato, além de subir ao palco para a apresentação, a menina também teve que tirar uma foto com os colegas e seus pais. No registro, ela ficou ao lado da professora.
Ao Terra, a Polícia Civil de Pernambuco informou que “registrou a ocorrência no dia 12 de agosto, por meio da Delegacia de Crimes contra a Criança e o Adolescente. As investigações foram iniciadas e seguem em andamento até a completa elucidação dos fatos”.
A reportagem também entrou em contato com o Colégio Elo, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações.