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Manifestantes do MST entram em confronto com PM em Brasília

12 fev 2014 - 17h09
(atualizado em 13/2/2014 às 00h26)
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<p>Parte dos manifestantes chegou a jogar pedaços de pau nos policiais, que revidaram com bombas de efeito moral</p>
Parte dos manifestantes chegou a jogar pedaços de pau nos policiais, que revidaram com bombas de efeito moral
Foto: Diogo Alcântara / Terra

Uma manifestação com cerca de 15 mil pessoas ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) acabou em confronto com a Polícia Militar na tarde desta quarta-feira em Brasília. O protesto ocorreu na Praça dos Três Poderes, em frente ao Palácio do Planalto, e deixou mais de 40 feridos.

Alguns integrantes do movimento derrubaram as grades laterais do Congresso e avançaram em direção ao prédio. Parte dos manifestantes chegou a jogar pedaços de pau e pedras nos policiais, que revidaram com bombas de efeito moral. Segundo a PM, 30 policiais foram feridos, sendo oito com gravidade. O MST, por sua vez, disse que o confronto deixou 12 manifestantes feridos.

Após líderes do MST pedirem para que os manifestantes se acalmassem, o grupo começou a retornar para o Ginásio Nilson Nelson, onde está concentrado.

O MST, que completa 30 anos em 2014, está em Brasília, para, entre outras pautas, levar ao governo federal uma lista de reivindicações sobre políticas de reforma agrária. O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, responsável pela interlocução com os monvimentos sociais, conversou com a liderança do movimento e recebeu uma lista de propostas.

Carvalho reconheceu que houve uma redução nos assentamentos durante o ano de 2013, mas ponderou que houve um incremento no apoio a cooperativas. “Nós temos consciência dos nossos limites. É um trabalho que tem contradições. Tem avanços e recuos, nós reconhecemos isso”, afirmou o ministro.

O protesto é uma marcha com o objetivo de denunciar a “paralisia da reforma agrária no Brasil”. Os manifestantes entoavam gritos e exibem cartazes. As mensagens mais chamativas foram "Dilma ruralista", "Dilma, cadê a reforma agrária?", "Exigimos uma reforma política" e "Dilma, se liberte do agronegócio".

A presidente Dilma Rousseff prometeu receber um grupo de sem-terra nesta quinta-feira, em audiência marcada para as 9h. Dilma não estava no Palácio do Planalto no momento da confusão entre policiais e manifestantes – ela despacha hoje no Alvorada, sua residência oficial, localizado a cerca de seis quilômetros do local do protesto.

Enquanto a PM fazia o policiamento na Praça dos Três Poderes, o Palácio do Planalto era protegido pelo Batalhão de Choque do Exército. Segundo a PM, 400 policiais estavam envolvidos no acompanhamento da manifestação - 250 na Praça dos Três Poderes.

O presidente do PT, Rui Falcão, teve dificuldades para chegar à Câmara dos Deputados por causa da manifestação. Ele se reuniu com o líder do PR, Anthony Garotinho (RJ), pré-candidato ao governo do Rio. Durante o encontro, que tratou sobre o palanque da presidente no Rio de Janeiro, Falcão acompanhou pela TV a manifestação. "O governo tem feito (a reforma agrária), mas os movimentos sempre querem mais", disse.

Protesto interrompe sessão no STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) interrompeu a sessão de julgamentos desta tarde devido a uma ameaça de invasão por alguns  integrantes do MST durante a manifestação na Praça dos Três Poderes. Eles derrubaram as grades que faziam a proteção do prédio. Para evitar a invasão do prédio, seguranças do Supremo e soldados da Policia Militar entraram em conflito. A tentativa de invasão do prédio aconteceu no momento em que os ministros estavam reunidos no plenário da Corte.

O presidente do STF, Joaquim Barbosa, não estava no plenário no momento em que os fatos ocorreram. A sessão era presidida pelo vice-presidente Ricardo Lewandowski, que interrompeu os trabalhados ao ser alertado pela equipe de segurança.  “Fui informado agora pela segurança que o tribunal corre o risco de ser invadido. Vamos fazer um intervalo na sessão”, disse.  A sessão foi retomada após 50 minutos.

Com informações da Agência Brasil e Reuters

Fonte: Terra
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