Protestos contra Previdência interditam avenidas em SP e Rio
Avenida Vinte e Três de Maio, em ambos os sentidos, ficou interditada junto a Praça das Bandeiras; no Rio, houve confusão nas imediações da rodoviária
Protestos contra a reforma da Previdência interditam algumas avenidas da cidade de São Paulo, na manhã desta sexta-feira, 14. Há atos também no interior do estado e no Rio de Janeiro.
Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), manifestantes interditaram a Avenida Vinte e Três de Maio, em ambos os sentidos, junto a Praça das Bandeiras, na região central. Por volta das 8h15, a via foi liberada.
A avenida Sapopemba, sentido centro, está bloqueada junto a avenida Arq. Vilanova Artigas.
Na zona oeste, manifestantes interditam a Rua Alvarenga em ambos os sentidos, junto a Avenida Vital Brasil.
O acesso ao Minhocão, sentido Penha, está totalmente bloqueado.
Manifestantes da Frente Povo Sem Medo bloqueiam avenida em frente ao Terminal Ferrazópolis, em São Bernardo do Campo (SP). A coordenadora da Frente, Andreia Barbosa, disse que a ideia era que os condutores participassem do ato. "Sem eles fica difícil. Vamos fazer uma ação simbólica em frente ao terminal", explicou.
A pista expressa da rodovia Anhanguera, sentido São Paulo, está totalmente bloqueada na altura de Campinas, entre os quilômetros 107 e 98.
Cerca de 30 manifestantes caminham pelo acostamento da rodovia Régis Bittencourt na altura do Km 271, sentido São Paulo, em direção ao km 269, Largo do Taboão da Serra.
Por volta das 6h, manifestantes atearam fogo em pneus no início da rodovia Hélio Smidt. Segundo a assessoria de imprensa da rodovia, os manifestantes lançaram os pneus, atearam fogo e saíram do local.
Um grupo de manifestantes do Sindicato dos Eletricistas interditou uma faixa da Avenida Tiradentes, sentido centro. O grupo caminha em direção ao INSS, na região central da cidade.
Na Avenida dos Estados, em Santo André, um grupo ateou fogo em pneus na altura da Avenida Antonio Cardoso. Bombeiros controlaram o fogo por volta das 6h45.
Interior de São Paulo
Um grupo incendiou ônibus de serviços de transporte coletivo, na madrugada desta sexta-feira (14), em ao menos quatro cidades do interior, horas antes de ter início a greve em protesto contra a reforma da previdência. Em Sorocaba, dois ônibus foram incendiados no Parque Vitória Régia, zona norte da cidade. Um dos veículos incendiados desceu pela rua e atingiu uma casa. O fogo se espalhou, mas ninguém ficou ferido.
A Guarda Municipal de Sorocaba apreendeu pregos retorcidos, chamados 'miguelitos' lançados em uma avenida de acesso a indústrias e à prefeitura da cidade. Três carros tiveram pneus furados. Em Alumínio, um ônibus de uma empresa de fretamento foi incendiado próximo da região central. Houve ataque também em Votorantim. Um ônibus usado no transporte de funcionários de uma empresa foi incendiado no Parque Real. Ninguém foi preso.
Em Jacareí, no Vale do Paraíba, um micro-ônibus de uma empresa de fretamento foi incendiado durante a madrugada no bairro Nova Jacareí. O veículo estava estacionado em frente à casa do motorista. Em todos os casos, a Polícia Civil encaminhou equipes para realizar perícia nos veículos. Inquéritos vão apurar se os ataques têm relação com os protestos contra a reforma da previdência.
Rio de Janeiro
Um protesto pela greve geral provocou confusão na manhã desta sexta-feira nas imediações do Terminal Rodoviário do Rio de Janeiro, na região central da capital fluminense. Manifestantes que bloqueavam o trânsito em um dos acessos da Avenida Brasil, uma das principais vias expressas da cidade, foram dispersados por policiais militares com bombas de efeito moral. Foram ouvidos pelo menos cinco estrondos, e houve correria. Não há informações sobre feridos.
O grupo, com cerca de 50 pessoas, protestava em frente ao Instituto Nacional de Traumatologia (Into), na zona portuária, causando lentidão no trânsito na saída da Ponte Rio-Niterói. Após o tumulto, os manifestantes foram para o terminal rodoviário, incluindo alunos de institutos federais, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e professores.
Segundo integrantes do protesto ouvidos pela reportagem, o grupo tinha acordado com a própria Polícia Militar que sairia do Into e faria uma caminhada em direção à rodoviária, ocupando apenas uma pista da avenida. No entanto, em determinado momento, os manifestantes foram surpreendidos pela chegada de agentes do Batalhão de Choque já soltando bombas de efeito moral.
O trânsito foi liberado no local.