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Manifestantes protestam em frente ao prédio de Sérgio Cabral no RJ

Cerca de 10 manifestantes que querem voltar a acampar no local fazem ato chamado de 'Ocupa Leblon'

28 out 2013 - 12h05
(atualizado às 12h05)
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Um grupo de manifestantes voltou a protestar na manhã desta segunda-feira em frente ao prédio do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, na esquina da rua Aristídes Espínola com a avenida Delfim Moreira, no bairro do Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro. Cerca de 10 pessoas se sentaram no canteiro que divide as duas pistas da Delfim Moreira. Até o final da manhã, o grupo não havia montado acampamento - a exemplo do que ocorreu por várias semanas, nos meses de junho e julho, quando tiveram início das manifestações populares no Rio.

O protesto foi chamado de "Ocupa Leblon" - na manifestação anterior, o ato tinha o nome de "Ocupa Cabral". Entre as reivindicações, está a renúncia de Sérgio Cabral. O grupo também é contra o que chama de direção "pelega" do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) do Rio de Janeiro, que aprovou na semana passada o fim das greves dos professores nas redes municipal e estadual de ensino. Os manifestantes foram contra a suspensão da paralisação.

A Polícia Militar está presente no local e já avisou ao grupo que eles não poderão permanecer no local. Os manifestantes, porém, afirmaram pelo Twitter e Facebook que não deixarão a via.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus. A mobilização surtiu efeito e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas – o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritiba,
SalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. "Essas vozes precisam ser ouvidas", disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Fonte: Terra
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