Mansão de luxo do tráfico avaliada em R$ 2,5 milhões é demolida em ação do MP e prefeitura
De acordo com levantamento dos setores de inteligência dos órgãos, o imóvel pertencia a uma das lideranças do crime organizado
Uma mansão com três andares e cobertura foi demolida durante uma operação da Secretaria de Ordem Pública (Seop) e o Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) no Rio de Janeiro. De acordo com a prefeitura, a mansão vale em torno de R$ 2,5 milhões.
A operação aconteceu na manhã desta quarta-feira, 13, na comunidade da Rocinha, na Zona Sul. Para a demolição, foram utilizados equipamentos portáteis, pois a área não suporta máquinas.
Com uma área de aproximadamente 600 m² - sendo 100 m² de terraço descoberto e com vista para a Lagoa Rodrigo de Freitas, Praia de São Conrado e Cristo Redentor -, a obra estava sendo construída sem autorização. Além da irregularidade, também colocava em risco quem fosse residir no local e dos imóveis ao lado.
Segundo o levantamento feito pelos setores de inteligência de ambos os órgãos, o imóvel seria de uma das lideranças do crime organizado da região. Segundo informações do jornal Extra, a suspeita é de que John Wallace da Silva Viana, o Johny Bravo, apontado como chefe do tráfico de drogas na comunidade, seja o proprietário.
Em agosto, a secretaria demoliu outro imóvel de luxo, este avaliado em R$ 1 milhão, também na Rocinha. Ainda de acordo com o órgão, desde 2021, já foram mais de 2.800 demolições de construções irregulares, sendo 75% em áreas que sofrem influência do crime organizado.