Marcha da Maconha reúne cerca de 5 mil pessoas em Fortaleza
Segundo a Polícia Militar do Estado do Ceará (PMCE), a 7ª edição da Marcha da Maconha de Fortaleza reuniu cerca de 5 mil pessoas na tarde deste domingo. A estátua da Iracema Guardiã, na Praia de Iracema, serviu como ponto de concentração dos manifestantes, que ao som de reggae, hip-hop e palavras de ordem referendando a legalização da maconha seguiram pacificamente pela avenida Beira Mar até o anfiteatro da praia. O protesto teve início às 16h e chegou ao fim por volta das 19h. Durante o percurso, não foi registrada nenhuma ocorrência.
De acordo com Henrique Alencar, um dos organizadores da marcha, o principal objetivo da manifestação é levantar o debate sobre a legalização e cultivo da planta, além de pressionar a classe política para que altere a legislação referente ao acesso e uso da maconha. “A Atual política de combate às drogas já se mostrou fracassada. Já está mais que na hora de se legalizar a maconha no Brasil. Está provada que a guerra às drogas não tem resultado positivo para a sociedade”, colocou o organizador.
Para Pinheiro Júnior, que também faz parte da organização evento, a legalização da maconha é inevitável e o que deve ser discutido é como será feita esta legalização no Brasil. “A política do proibicionismo é notadamente falha. Desde 1970, quando os Estados Unidos iniciou a guerra ao consumo da maconha, o que se vê é o numero de usuários aumentando. Temos que debater como será feita a legalização e assim transformar o cultivo da maconha em uma atividade livre e que gere recursos para o governo”, colocou.
Aline Pedrosa, uma das patrocinadoras do evento e proprietária da loja Maria Joana Head Shop, declarou que a marcha é uma ótima oportunidade de se divulgar a cadeia produtiva da maconha e a capacidade comercial da planta. “Hoje, além de divulgar minha loja, também aproveitamos para cobrar uma nova política sobre drogas. A cadeia produtiva da maconha é capaz de gerar muitos empregos e posso dizer com conhecimento de causa que a indústria de produtos em torno do consumo é muito grande”, falou a empresária que comercializa desde camisas a cachimbos personalizados.