Médico sobrevivente de execução no RJ levou 14 tiros e passou por cirurgia de 10h
Segundo jornal, Daniel Sonnewend Proença teve 24 perfurações que causaram lesões no tórax, intestino, pélvis, mão, pernas e pé
Daniel Sonnewend Proença, 32 anos, o médico que sobreviveu ao ataque que deixou três ortopedistas mortos em um quiosque na orla da Barra da Tijuca, passou por uma cirurgia que durou quase 10 horas no Hospital Municipal Lourenço Jorge, no Rio de Janeiro. Ele foi encaminhado para a sala de cirurgia 14 minutos após dar entrada na unidade de saúde.
Segundo O Globo, Daniel teria levado 14 tiros, sendo dois de raspão, que ocasionaram 24 perfurações em seu corpo. Ele teve lesões no tórax, intestino, pélvis, mão, pernas e pé.
Ainda conforme o jornal, dois projéteis ficaram alojados em seu corpo, sendo que apenas um deles foi retirado pelos médicos. A outra bala está alojada na escápula, próximo ao ombro. A cirurgia contou com a participação de 18 profissionais.
Proença está estável e, depois da cirurgia, foi transferido para um hospital particular. Ele respira sem ajuda de aparelhos.
Médicos mortos levaram 5 tiros
Os três médicos mortos foram baleados com cerca de cinco tiros cada um. Entre as vítimas, está Diego Ralf Bomfim, irmão da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e cunhado do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). Além de Diego, Marcos de Andrade Corsato e Perseu Ribeiro Almeida também morreram.
Os quatro, que estavam sentados no quiosque, foram alvo de atiradores que chegaram em um carro branco, por volta da 1h. Imagens de câmeras de monitoramento do local mostram o veículo parado na avenida da praia. Neste momento, os ocupantes do carro, todos vestindo roupa preta, desembarcam e vão em direção às vítimas.
A movimentação é toda registrada pelas imagens. Os criminosos passaram a atirar contra as vítimas, e dá início a correria de pessoas que estão no quiosque. Após os disparos, o bando volta correndo para o carro, que segue para rumo desconhecido.
Tadeu de Lima Barbosa, o dono do quiosque, contou que as vítimas pareciam estar de saída do local e já tinham pago a conta no momento em que o crime ocorreu.
A perícia da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) realizou uma perícia no local, e investiga as mortes. A Polícia Civil de São Paulo também enviou equipes do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e do Departamento de Inteligência da Polícia Civil (Dipol) para auxiliar na investigação. A Polícia Federal foi envolvida no acompanhamento das diligências do caso.