Metrô contabiliza prejuízo de mais de R$ 100 mil após protestos em SP
Segundo o Metrô, na manifestação de ontem foram quebrados vidros de um dos acessos da estação Trianon-Masp com prejuízo de R$ 36 mil
A Companhia do Metropolitano de São Paulo divulgou nesta quarta-feira a estimativa de prejuízo após os protestos realizados desde a última quinta-feira em São Paulo contra o aumento da tarifa do transporte público. Segundo o Metrô, na manifestação de ontem foram quebrados vidros de um dos acessos da estação Trianon-Masp (Linha 2-Verde), na avenida Paulista, com prejuízo de R$ 36 mil. Somados os danos do protesto da última quinta-feira (R$ 73 mil), o prejuízo chegaria a R$ 109 mil, conforme a empresa.
Segundo o Metrô, no dia 6 de junho a manifestação causou danos no valor de R$ 68 mil (vidros quebrados) e de R$ 5 mil (luminárias danificadas). Conforme a empresa, as estações Brigadeiro e Trianon-Masp, da Linha 2-Verde, tiveram os vidros de seus acessos quebrados e, junto com a estação Consolação, foram fechadas enquanto os manifestantes passavam pelo entorno, para evitar riscos aos usuários.
Em nota divulgada hoje, a companhia reafirmou que irá responsabilizar e acionar judicialmente os autores do que classificou como “atos de vandalismo” por danos ao patrimônio público, e classificou o episódio como “lamentável”. O Metrô também informou no comunicado que “o reajuste da tarifa, de 6,7%, concedido conjuntamente com os ônibus municipais no último dia 2, foi inferior à inflação do período”.
Aumento da tarifa
As passagens de ônibus, metrô e trem da cidade de São Paulo passaram a custar R$ 3,20 no dia 2 de junho. A tarifa anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011. Desde o dia 6, a cidade vem enfrentando protestos.
Segundo a administração paulista, caso fosse feito o reajuste com base na inflação acumulada no período, aferido pelo IPC/Fipe, o valor chegaria a R$ 3,40. "O reajuste abaixo da inflação é um esforço da prefeitura para não onerar em excesso os passageiros", disse em nota.
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), havia declarado que o reajuste poderia ser menor caso o Congresso aprovasse a desoneração do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para o transporte público. O decreto foi publicado, mas não houve manifestação da administração municipal sobre redução das tarifas.