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Metrô fecha estações mais cedo e diz que greve é 'crueldade'

Em nota, Companhia do Metropolitano de São Paulo aponta que Justiça determinou funcionamento dos trens

5 jun 2014 - 21h48
(atualizado às 21h54)
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<p>Estação Dom Pedro tinha pouco movimento hoje à noite</p>
Estação Dom Pedro tinha pouco movimento hoje à noite
Foto: Alan Morici / Terra

A Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) divulgou nota na noite desta quinta-feira, primeiro dia da greve dos metroviários da cidade, em que aponta a paralisação como "uma demonstração de crueldade com os 4,5 milhões de usuários" e um "desrespeito à Justiça do Trabalho". A empresa diz que a decisão de manter a greve "impõe mais um dia de sofrimento covarde à população" e chama o sindicato da categoria de "irresponsável". Segundo o Metrô, a decisão sobre o reajuste dos trabalhadores "já está nas mãos da Justiça".

Hoje, o Núcleo de Conciliação do Tribunal Regional do Trabalho manteve a liminar que determina a manutenção de 100% do funcionamento do Metrô nos horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e de 70% nos demais horários de operação. O descumprimento da ordem judicial culminará em aplicação de multa diária de R$ 100 mil. A desembargadora Rilma Aparecida Hemetério, vice-presidente do TRT, que presidiu a reunião, recomendou que o Sindicato dos Metroviários mantenha a cláusula de paz acertada durante as negociações.

Operação do sistema

Desde as 5h20, a Linha 5-Lilás funcionou normalmente em toda a sua extensão, entre as estações Capão Redondo e Largo Treze. Às 6h28 foi iniciada a operação parcial das linhas: 1-Azul, entre as estações Ana Rosa e Luz (posteriormente, a partir das 16h, o serviço foi ampliado e passou a atender também as estações Vila Mariana, Santa Cruz, Praça da Árvore e Saúde); 2-Verde, entre Ana Rosa e Clínicas (posteriormente, a partir das 11h, o serviço foi ampliado e passou a atender também as estações Sumaré e Vila Madalena); e 3-Vermelha, entre Bresser e Santa Cecília (a partir das 10h50 passando a atender também a estação Marechal Deodoro e às 16h15 foi iniciado o atendimento nas estações Belém e Tatuapé).

A Linha 4-Amarela, operada pela inciativa privada, manteve funcionamento normal desde as 4h40. A operação comercial de hoje será encerrada, excepcionalmente, às 23h, com exceção da Linha 4.

O plano de contingência adotado utiliza toda a estrutura existente: a operacional, composta por supervisores e gerentes, e também o pessoal administrativo, em nível gerencial, que vai às estações vender bilhetes e auxiliar os usuários. "Trata-se de um grupo que está preparado para atuar nesses momentos", informou o Metrô. Porém, os engenheiros da empresa anunciaram que também estão em greve, em apoio aos metroviários.

O Metrô diz ainda que "quem opera os trens são pessoas qualificadas, que trabalham na área de operação, ex-operadores, instrutores, monitores, pessoas que dão treinamento e que lidam com a operação". A operação neste momento é reduzida para que o sistema possa operar com segurança.

Fonte: Terra
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