MG: dentistas são investigados após causarem sequelas graves em pacientes durante cirurgias estéticas
Conselho Regional de Odontologia está passando por uma intervenção devido casos
Dentistas estão sendo investigados após causarem uma série de sequelas graves, sendo que uma delas provocou uma morte, em pacientes, em Minas Gerais. Segundo informações do Fantástico, da TV Globo, deste domingo, 1º, devido aos casos, o Conselho Federal de Odontologia está fazendo uma intervenção no Estado.
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Ao programa, os familiares de Leonice Garcia relataram que ela encontrou o dentista Fernando Lucas Rodrigues pelas redes sociais. Após entrar em contato, o profissional a convenceu a realizar três procedimentos estéticos --blefaroplastia, lifting e correção da flacidez do pescoço-- afirmando que era uma “cirurgia simples”.
No entanto, segundo a Polícia Civil, a mulher passou mal durante a cirurgia, que foi feita no consultório do profissional, e teve uma parada respiratória. Para tentar ressuscitá-la, utilizaram adrenalina. Informações que a família não teve conhecimento no dia do procedimento.
Ela foi enviada novamente para casa sem avisos, contudo, passou mal novamente. Ela foi socorrida e levada pelos familiares para uma unidade de saúde onde sofreu uma parada cardiorrespiratória, desta vez, fatal.
Rodrigues deverá responder por homicídio doloso e por outros nove casos de lesão corporal em pacientes que resultaram em sequelas graves. Além do exercício ilegal da profissão, por realizar procedimentos proibidos pelo Conselho Federal de Odontologia.
Outros casos
Este é apenas um dos vários casos no Estado. Em Belo Horizonte, mais de 20 mulheres denunciaram uma dentista, Camilla Andrade Silveira, por retirada de gordura da parte inferior do queixo. Um procedimento que só pode ser realizado por profissionais da área que fizeram uma especialização, a qual a suspeita, segundo a polícia, falsificou o diploma.
As vítimas relataram problemas de saúde, sendo uma delas uma infecção bacteriana gravíssima. Ela está sendo indiciada por lesão corporal e pelo uso de documento falso.
A situação resultou em uma intervenção do CFO no regional de Minas Gerais e destituição do presidente e oito conselheiros dos cargos até o fim das investigações. Procurado pelo programa, o advogado do ex-presidente do Conselho Regional de Odontologia negou que faltou rigor nas fiscalizações.