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MG: polícia conclui 87 inquéritos sobre vandalismo e investiga 35

5 set 2013 - 22h44
(atualizado às 22h47)
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A Polícia Civil de Minas Gerais informou nesta quinta-feira que 87 procedimentos policiais envolvendo vandalismo instaurados durante a Copa das Confederações foram concluídos e encaminhados à Justiça. Os inquérito resultaram no indiciamento de 85 adultos e no encaminhamento de 33 adolescentes ao Juizado da Infância e da Juventude.

Segundo a polícia, os procedimentos consistiam em autos de prisão em flagrante, termos circunstanciadose Autos de Apreensão em Flagrante de Ato Infracional (AFFAI) que investigavam crimes de furto, roubo, incêndio, formação de quadrilha, dano ao patrimônio, lesão corporal, corrupção de menores, roubo ou pichação. Outros 35 procedimentos continuam em andamento, já também com identificação de suspeitos.

7 de Setembro

De acordo com o delegado Anderson Alcântara, titular do 1º Departamento da Polícia Civil, a força tarefa formada para investigar os episódios de vandalismo também atuará durante as comemorações do 7 de Setembro, data na qual estão marcadas manifestações em todo o País. “A Polícia Civil mantém um canal integrado com a Polícia Militar, o Ministério Público e o Poder Judiciário para dar o encaminhamento devido aos casos registrados”, disse. 

“Adquirimos muita experiência com os fatos recentes e percebemos também que as manifestações já se tornaram uma prática rotineira em todo o País. Por isso, nos organizamos para atuar de forma cada vez mais ágil na identificação, qualificação e prisão de pessoas que, eventualmente, se infiltrem nas manifestações populares, que são legítimas, visando apenas promover atitudes criminosas”, antecipou o delegado.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Fonte: Terra
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