Ministério da Justiça descarta indícios de corrupção em fuga dos detentos de presídio federal
Apuração constatou que houve falha nos processos carcerários de segurança na Penitenciária de Mossoró; detentos ainda não foram localizados
Após quase 50 dias da fuga de dois detentos na Penitenciária Federal de Mossoró (RN), a Corregedoria-Geral da Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública concluiu que não há indícios de corrupção no caso. Os detentos Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento conseguiram fugir da unidade prisional na madrugada do dia 14 de fevereiro. Essa foi a primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal, que inclui cinco presídios de segurança máxima.
Apesar de descartar corrupção, a corregedora-geral Marlene Rosa apontou, em nota, divulgada na tarde desta terça-feira, 2, que houve falhas nos procedimentos carcerários de segurança. Por esse motivo, foram instaurados três Processos Administrativos Disciplinares (PADs) envolvendo 10 servidores.
Ainda conforme a nota, o relatório não será divulgado na íntegra para não prejudicar a nova investigação e os procedimentos correcionais que estão sendo instaurados. De acordo com a corregedora-geral, uma nova Investigação Preliminar Sumária será iniciada para continuar as apurações referentes às causas da fuga, com foco nos problemas estruturais da unidade federal.
Outros 17 servidores vão assinar Termos de Ajustamento de Conduta (TAC), no qual se comprometem a não cometer as mesmas infrações e terão de passar por cursos de reciclagem.