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Ministério Público pede absolvição de mãe que matou as duas filhas em Goiás

Exame comprovou que mulher tem transtorno psicótico e não estava sã no momento do crime

15 set 2023 - 14h40
(atualizado às 15h57)
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Izadora ao lado das filhas Maria Alice, de 6 anos, e Lavínia, de 10
Izadora ao lado das filhas Maria Alice, de 6 anos, e Lavínia, de 10
Foto: Divulgação/PM

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) pediu que Izadora Alves de Faria seja absolvida por ter matado as duas filhas afogadas e esfaqueadas. O caso aconteceu na cidade de Edéia, em Goiás, em setembro de 2022. O pedido do MP considera um exame que comprovou que a mulher possui transtorno psicótico e não estava sã no momento em que cometeu o crime.

Em nota ao Terra, o MP-GO informou que a promotora responsável esclareceu que o pedido está de acordo com as normas técnicas e jurídicas. Além disso, respeita os devidos processos penal e constitucional.

Foi solicitado também que Izadora seja incluída no Programa de Atenção Integral ao Louco Infrator (Paili), que é o meio responsável pela realização das medidas de segurança no Estado de Goiás. O Paili acompanha os pacientes ajuizados e absolvidos pela Justiça Criminal, mas sucumbidos à internação psiquiátrica ou ao tratamento ambulatorial como medida de segurança.

Entenda o crime

Izadora teria fugido de casa logo depois de matar as filhas Maria Alice, de 6 anos, e Lavínia, de 10. A polícia foi acionada quando o pai das crianças chegou no local e as encontrou mortas, sobre um colchão na garagem.

A mãe foi encontrada em uma área de mata com auxílio de cães farejadores, próximo à casa. Ela tinha sinais de tentativa de suicídio, e foi internada.

Depois, Izadora confessou à polícia que havia matado as filhas envenenadas, antes de serem afogadas e esfaqueadas. Na cena do crime, a polícia encontrou veneno de rato e uma caixa d’água com uma extensão elétrica, que levou as autoridades a crerem que a mulher teria tentado eletrocutar as filhas. Enquanto a mulher relatava o crime à polícia, ela não demonstrou nenhuma comoção ou arrependimento.

O pai das crianças disse à polícia que, na noite anterior ao crime, ele e Izadora teriam brigado e ela ameaçou tirar a própria vida e das filhas. Ele ainda relatou que o relacionamento não ia bem e que a mulher precisava de ajuda psiquiátrica.

Fonte: Redação Terra
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