Ministério Público pede absolvição de mãe que matou as duas filhas em Goiás
Exame comprovou que mulher tem transtorno psicótico e não estava sã no momento do crime
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) pediu que Izadora Alves de Faria seja absolvida por ter matado as duas filhas afogadas e esfaqueadas. O caso aconteceu na cidade de Edéia, em Goiás, em setembro de 2022. O pedido do MP considera um exame que comprovou que a mulher possui transtorno psicótico e não estava sã no momento em que cometeu o crime.
Em nota ao Terra, o MP-GO informou que a promotora responsável esclareceu que o pedido está de acordo com as normas técnicas e jurídicas. Além disso, respeita os devidos processos penal e constitucional.
Foi solicitado também que Izadora seja incluída no Programa de Atenção Integral ao Louco Infrator (Paili), que é o meio responsável pela realização das medidas de segurança no Estado de Goiás. O Paili acompanha os pacientes ajuizados e absolvidos pela Justiça Criminal, mas sucumbidos à internação psiquiátrica ou ao tratamento ambulatorial como medida de segurança.
Entenda o crime
Izadora teria fugido de casa logo depois de matar as filhas Maria Alice, de 6 anos, e Lavínia, de 10. A polícia foi acionada quando o pai das crianças chegou no local e as encontrou mortas, sobre um colchão na garagem.
A mãe foi encontrada em uma área de mata com auxílio de cães farejadores, próximo à casa. Ela tinha sinais de tentativa de suicídio, e foi internada.
Depois, Izadora confessou à polícia que havia matado as filhas envenenadas, antes de serem afogadas e esfaqueadas. Na cena do crime, a polícia encontrou veneno de rato e uma caixa d’água com uma extensão elétrica, que levou as autoridades a crerem que a mulher teria tentado eletrocutar as filhas. Enquanto a mulher relatava o crime à polícia, ela não demonstrou nenhuma comoção ou arrependimento.
O pai das crianças disse à polícia que, na noite anterior ao crime, ele e Izadora teriam brigado e ela ameaçou tirar a própria vida e das filhas. Ele ainda relatou que o relacionamento não ia bem e que a mulher precisava de ajuda psiquiátrica.