'Monitora Dengue' será usado em todo o RJ até o fim do ano
Depois de problemas de liberação que impediram o início da distribuição em julho, os aparelhos que permitirão a expansão do Sistema Monitora Dengue para todo o Estado do Rio de Janeiro deverão ser liberados até o próximo mês. A promessa é do superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria Estadual de Saúde, Alexandre Chieppe. Segundo ele, até o fim do ano, o sistema estará em funcionamento em todo o território fluminense, exceto na capital, que tem um modelo próprio de monitoramento.
Fruto de convênio entre o Ministério da Saúde e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Sistema Monitora Dengue foi lançado em janeiro do ano passado. Por meio de um smartphone, cada agente de saúde envia informações sobre focos do mosquito transmissor da doença e registros de casos em cada visita. Os dados são recebidos por uma plataforma central, que armazena a localização dos focos e cruza as informações.
Para Chieppe, o sistema garante agilidade nas informações de campo sobre a dengue e centraliza a base de dados. “No futuro, a gente vai conseguir tomar decisões com maior rapidez. Sabendo quais as residências com recorrência de focos, podemos concentrar a força de trabalho, que é limitada, nas localidades com maior risco. Em áreas com ausência de focos, será possível ter menor periodicidade de visitas”, relata.
Primeiramente, o sistema foi usado nos municípios de Nova Iguaçu e Magé. Na fase seguinte, o Monitora Dengue passou para mais três cidades: Queimados, São João de Meriti e Belford Roxo. Para que o sistema seja expandido para todo o Estado, Chieppe esclarece que, além do envio dos smartphones, é necessário treinamento dos agentes.
“É importante que os agentes dos municípios sejam capacitados, porque existe toda uma base de dados que tem que ser alimentada, tanto pelo gestor no nível central, como pelos agentes. Também é feito um treinamento de habilidades para os agentes de endemias, que sai do processo manual de preenchimento de fichas para um sistema informatizado”, explica o superintendente. Ele não descarta a expansão do projeto para outras regiões do País.
Em junho, o Sistema Monitora Dengue venceu o Prêmio Tecnologia da Informação e Governo, que escolhe anualmente as 20 melhores ações da área da tecnologia da informação e comunicação criadas por instituições federais, estaduais e municipais. A iniciativa também foi indicada para o Prêmio de Excelência do Congresso de Inovação e Informática na Gestão Pública (Conip), cuja entrega está prevista para agosto, em São Paulo.