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Moradora: desocupação é 'guerra' entre PM e invasores

"É uma guerra para os dois lados, tem muito policial ferido lá também. A polícia chegou atrasada, demorou pra retirar, e aquilo ficou muito grande", relata comerciante

11 abr 2014 - 10h23
(atualizado às 10h53)
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Reintegração de posse no Rio de Janeiro é marcada por confronto e incêndios
Reintegração de posse no Rio de Janeiro é marcada por confronto e incêndios
Foto: Ariel Subirá / Futura Press

A comerciante Arnys Cristine Farias, 24 anos, que mora em frente ao terreno da Oi, no Engenho Novo, na zona Norte do Rio de Janeiro, que está sendo desocupado desde a madrugada desta sexta-feira, afirmou que a reintegração é uma guerra entre invasores e a Polícia Militar. A ação começou por volta das 4h45, quando as famílias que ocupam o local entraram em confronto com os mais de 1,6 mil agentes.

Segundo a comerciante, a ocupação vem causando problemas há vários dias. Conforme Arnys, já era sabido que a PM faria a reintegração, e os moradores se preparavam para uma “guerra”. “É uma guerra para os dois lados, tem muito policial ferido lá também. A polícia chegou atrasada, demorou pra retirar, e aquilo ficou muito grande”, relata.

“A sensação que eu tenho é de revolta. As pessoas que invadiram foram as que causaram tudo isso, mas é culpa também de quem não botou vigilância no local”, afirmou a comerciante.

A moradora conta que não está conseguindo ir para casa e nem buscar a filha de 1 ano e 6 meses que está com a babá. “Estou angustiada por causa disso.” “Estão tacando muita pedra e estou com muito medo de voltar para casa, acho que vou ter que dormir na casa da minha mãe hoje”, disse. Segundo Arnys, um PM informou aos moradores que a reintegração deve durar pelo menos três dias.

Ônibus é incendiado durante reintegração de posse no RJ:

Policiais estão, desde a madrugada desta sexta-feira, atuando na reintegração de posse do local. A ação começou por volta das 4h45 e cerca de 40 oficiais de Justiça trabalham no local. Por volta das 6h30, a população que mora no local ofereceu resistência e entrou em confronto com a tropa de Choque da Polícia Militar.Bombas de efeito moral estão sendo usadas e o clima é de tensão. O prédio que existe no local, um carro da polícia e um ônibus foram incendiados durante a desocupação.   

Segundo o Corpo de Bombeiros, viaturas de sete quartéis participam da operação no local. Por volta das 9h30, a corporação confirmou a informação de que um menino de 9 anos havia sido atendido e liberado no local por inalação de fumaça. Uma criança de seis meses também foi socorrida para a UPA do Engenho Novo.

Às 10h, a Secretaria Municipal de Saúde informou que algumas pessoas foram encaminhadas com ferimentos leves ao hospital Salgado Filho, mas não soube confirmar o número de vítimas. De acordo com assessoria, entre elas estavam moradores que inalaram fumaça e policiais que foram atingidos por pedras.

Fonte: Terra
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