Cerca de 150 moradores que ocupavam um terreno da Oi em Engenho Novo, na zona norte do Rio, protestam em frente à prefeitura da cidade na tarde desta sexta-feira. Eles reclamam da violência da polícia na reintegração de posse realizada nesta madrugada e exigem falar com o prefeito Eduardo Paes. A tropa de choque acompanha a manifestação à distância.
Alguns moradores levaram colchonetes e cobertores. O grupo chegou por volta das 14h e promete permanecer no local até ser ouvido pelo governo. "O que vimos hoje foi um massacre, não respeitaram ninguém. A gente só sai daqui com uma resposta", afirmou Edi dos Santos, 26 anos, que morava na ocupação com a esposa e os quatro filhos. Antes, ele e a família viviam na favela Metro Mangueira, removida pela prefeitura.
Santos diz que a polícia chegou por volta das 4h e entrou no prédio sem a presença de oficiais de Justiça. As lideranças da ocupação usavam um carro de som do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social (Sindsprev) para se comunicar com os moradores.
A desocupação terminou com um intenso confronto entre policiais e famílias que ocuparam, há duas semanas, o terreno que pertence à empresa Oi, no Engenho Novo e deixou vários feridos e dezenas de detidos nesta sexta-feira. Cerca de 1,6 mil policiais chegaram ao local ainda na madrugada, atuando na reintegração de posse
Por volta das 6h30, a população que mora no local ofereceu resistência e entrou em confronto com a tropa de Choque da Polícia Militar. Pelo menos cinco veículos foram incendiados, lojas foram saqueadas e bancos da região tiveram vidraças quebradas.
Alguns moradores reagiram e chegaram a jogar um coquetel molotov em direção aos militares. A polícia reagiu, atirou bombas de efeito moral e disparou tiros de borracha para dispersar os manifestantes que ocupavam várias ruas do bairro. Entre os feridos estão moradores que inalaram fumaça e policiais apedrejados.
Reintegração de posse em Engenho Novo, no Rio de Janeiro, é marcada por confronto e incêndios
Foto: Ale Silva / Futura Press
A tropa de choque se posicionou para ocupar a área do terreno da empresa de telefonia OI
Foto: Ale Silva / Futura Press
Alguns moradores deixaram o local pacificamente
Foto: Ariel Subirá / Futura Press
Um carro da polícia foi incendiado por populares
Foto: Ale Silva / Futura Press
Um incêndio também consumiu o próprio prédio ocupado pelos invasores
Foto: Ale Silva / Futura Press
Fumaça é vista de longe
Foto: Ale Silva / Futura Press
Homem é detido pela Polícia Militar
Foto: Ale Silva / Futura Press
Morador é flagrado atirando pedras contra a tropa de choque
Foto: Ariel Subirá / Futura Press
O prédio ocupado pegou fogo logo no início da desocupação
Foto: Ariel Subirá / Futura Press
Houve confronto entre PMs e moradores, que se negaram a sair do local
Foto: Vladimir Platonow / Agência Brasil
Cerca de 1,6 mil policiais militares participam a ação de reintegração de posse
Foto: Vladimir Platonow / Agência Brasil
Helicóptero sobrevoa região do terreno da Oi que está sendo desocupado
Foto: Vladimir Platonow / Agência Brasil
Ônibus pegou fogo em uma rua paralela à 2 de Maio, vizinha ao prédio da Oi. A fumaça do incêndio no ônibus entrou em várias quitinetes. Bombeiros resgataram moradores pelo telhado. Alguns chegaram a passar mal
Foto: André Naddeo / Terra
Mateus Gomes, 16 anos (sem camisa), mora com a mãe, a tia e a irmã em uma das quitinetes e conta que desmaiou com a fumaça. Minha janela pegou fogo e fiquei com medo de tudo explodir, porque são muitos bujoes de gás ali, disse. Mas fiquei preocupado mesmo com minha mãe, que está grávida. Na hora foi uma correria danada, relatou.
Foto: André Naddeo / Terra
Famílias retiram seus pertences de dentro de casa
Foto: André Naddeo / Terra
Sem ter para onde ir, moradores que deixaram o terreno empilham suas coisas em frente ao prédio
Foto: André Naddeo / Terra
Moradores escreveram seus nomes nos barracos, delimitando sua área dentro do terreno
Foto: André Naddeo / Terra
Barracos construídos pelas famílias que estavam no local ficaram abandonados
Foto: André Naddeo / Terra
Batalhão de Choque da Polícia Militar ocupa o terreno da Oi na zona norte do Rio após retirar todos os moradores do local
Foto: André Naddeo / Terra
A PM cerceou o trabalho da imprensa ameaçando jornalistas e prendendo um repórter durante desocupação no Rio
Foto: Vladimir Platonow / Agência Brasil
Enquanto policiais passavam, alguns moradores xingavam os agentes
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Policiais Militares fazem ronda sob o olhar de moradores do local
Foto: Mauro Pimentel / Terra
PM exibe armas e faz barreiras na favela do Rato Molhado
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Moradores observam os policiais que ocupam a comunidade, que fica próxima ao terreno da Oi
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Policiais revistaram moradores na favela do Rato Molhado
Foto: Mauro Pimentel / Terra
A comunidade fica ao lado do terreno da Oi, no Engenho Novo
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Polícia ocupa a favela do Rato Molhado após a reintegração de posse do terreno da Oi
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Morador ergue as mãos após ser atingido por bomba de gás atirada pela polícia
Foto: André Naddeo / Terra
Cerca de 1,6 mil homens da Polícia Militar participaram da ação, que começou durante a madrugada
Foto: André Naddeo / Terra
Batalhão de Choque vai as ruas para impedir que novas ocupações aconteçam
Foto: André Naddeo / Terra
Mais de 2 mil pessoas estavam no local, de acordo com a Polícia Militar
Foto: André Naddeo / Terra
Moradora mostra pés e pernas feridos após a ação da polícia na desocupação do prédio da Oi
Foto: André Naddeo / Terra
O prédio, que estava abandonado, foi ocupado e loteado por moradores de diversas comunidades há pouco mais de uma semana
Foto: André Naddeo / Terra
Menino vítima do gás atirado por PMs é carregado por moradores na favela do Rato Molhado
Foto: André Naddeo / Terra
Famílias expulsas pela Polícia Militar da invasão de um prédio desativado da empresa de telefonia Oi protestam em frente à sede da prefeitura municipal e pedem acesso à casa própria
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Famílias expulsas pela Polícia Militar da invasão de um prédio desativado da empresa de telefonia Oi protestam em frente à sede da prefeitura municipal e pedem acesso à casa própria
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Famílias expulsas pela Polícia Militar da invasão de um prédio desativado da empresa de telefonia Oi protestam em frente à sede da prefeitura municipal e pedem acesso à casa própria
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Famílias expulsas pela Polícia Militar da invasão de um prédio desativado da empresa de telefonia Oi protestam em frente à sede da prefeitura municipal e pedem acesso à casa própria
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Famílias expulsas pela Polícia Militar da invasão de um prédio desativado da empresa de telefonia Oi protestam em frente à sede da prefeitura municipal e pedem acesso à casa própria
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Famílias expulsas pela Polícia Militar da invasão de um prédio desativado da empresa de telefonia Oi protestam em frente à sede da prefeitura municipal e pedem acesso à casa própria
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Famílias expulsas pela Polícia Militar da invasão de um prédio desativado da empresa de telefonia Oi protestam em frente à sede da prefeitura municipal e pedem acesso à casa própria
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Famílias expulsas pela Polícia Militar da invasão de um prédio desativado da empresa de telefonia Oi protestam em frente à sede da prefeitura municipal e pedem acesso à casa própria
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Famílias expulsas pela Polícia Militar da invasão de um prédio desativado da empresa de telefonia Oi protestam em frente à sede da prefeitura municipal e pedem acesso à casa própria
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Famílias expulsas pela Polícia Militar da invasão de um prédio desativado da empresa de telefonia Oi protestam em frente à sede da prefeitura municipal e pedem acesso à casa própria
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Famílias expulsas pela Polícia Militar da invasão de um prédio desativado da empresa de telefonia Oi protestam em frente à sede da prefeitura municipal e pedem acesso à casa própria
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Famílias expulsas pela Polícia Militar da invasão de um prédio desativado da empresa de telefonia Oi protestam em frente à sede da prefeitura municipal e pedem acesso à casa própria
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Famílias expulsas pela Polícia Militar da invasão de um prédio desativado da empresa de telefonia Oi protestam em frente à sede da prefeitura municipal e pedem acesso à casa própria
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Grupo diz que ficará no local até ser recebido pelo prefeito
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil
Famílias expulsas pela Polícia Militar da invasão de um terreno abandonado da empresa de telefonia Oi acampam em frente à sede da prefeitura municipal em protesto por moradia
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil
Homens, mulheres e crianças passaram a noite acampados em frente à prefeitura
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Moradores querem que a prefeitura do Rio apresente uma solução para as famílias
Foto: Daniel Ramalho / Terra
As famílias dizem não ter para onde ir depois de serem retiradas do prédio que pertence à Oi, na zona norte do Rio
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Os moradores passaram a noite no local
Foto: Daniel Ramalho / Terra
As famílias que foram expulsas do terreno da Oi acamparam em frente à prefeitura do Rio
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Moradores removidos do prédio da Oi no Engenho Novo, no Rio, seguem acampados em frente à prefeitura do Rio. Os cerca de mil manifestantes chegaram a fechar todo o sentido centro da avenida Presidente Vargas, mas a via já foi liberada
Foto: Ale Silva / Futura Press
Moradores removidos do prédio da Oi no Engenho Novo, no Rio, seguem acampados em frente à prefeitura do Rio. Os cerca de mil manifestantes chegaram a fechar todo o sentido centro da avenida Presidente Vargas, mas a via já foi liberada
Foto: Ale Silva / Futura Press
Moradores removidos do prédio da Oi no Engenho Novo, no Rio, seguem acampados em frente à prefeitura do Rio. Os cerca de mil manifestantes chegaram a fechar todo o sentido centro da avenida Presidente Vargas, mas a via já foi liberada
Foto: Ale Silva / Futura Press
Manifestantes bloquearam a avenida Presidente Vargas e, para liberar a pista, os guardas municipais usaram bombas de gás lacrimogêneo e cassetetes para dispersar a multidão