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Morte no Guarujá: principal suspeito tem prisão decretada e ex pode ser investigada

Douglas William é ex-cunhado da ex-namorada de Osil Vicente Guedes e deve ser preso ainda nesta quarta-feira, 10

10 mai 2023 - 14h14
(atualizado às 14h20)
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Foto: CartaCapital

A Justiça de São Paulo determinou a prisão do principal suspeito de ter espancado Osil Vicente Guedes, de 49 anos, em Guarujá, no litoral de São Paulo. Douglas William deve ser preso preventivamente ainda nesta quarta-feira, 10. Para a Polícia Civil não restam dúvidas de que é ele o homem que aparece batendo com um pedaço de madeira na vítima, e descartou que a motivação do crime seja fake news.

Inicialmente, o caso foi tratado como um linchamento, após uma pessoa ter gritado “pega ladrão” direcionado à Osil, que estava dirigindo o veículo de um amigo. No vídeo, é possível ver três homens agredindo a vítima, sendo puxada e jogada próximo a guia da rua. Ele foi agredido na cabeça com um pedaço de madeira, caiu desacordado e não resistiu.

Durante a coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta, no Palácio da Polícia de Santos, as autoridades esclareceram que Douglas, o principal suspeito, é ex-cunhado da psicóloga Vanessa Almeida, ex-companheira da vítima. De acordo com o delegado da Seccional de Santos, Rubens Eduardo Barazal Teixeira, a investigação não descarta o envolvimento dela no caso.

“O que nós temos agora? Que o Osil teve uma desavença com uma ex-namorada, foi até a casa dela, num primeiro instante teria agredido ela, teria quebrado alguma coisa, saiu na rua, apanhou, a moto dele foi quebrada. Num segundo instante, ele teria conseguido uma outra motocicleta emprestada de um amigo, teria já se dirigido novamente à casa dela, tanto é que ele estava na mesma rua, praticamente quase no mesmo local do primeiro episódio”, explica.

Delegados Rubens Eduardo Barazal Teixeira e Fabricio Godinho atenderam a imprensa sobre o caso
Delegados Rubens Eduardo Barazal Teixeira e Fabricio Godinho atenderam a imprensa sobre o caso
Foto: Vanessa Ortiz/Portal Terra

Barazal afirma que, neste momento, a moto em que a vítima estava foi interceptada, e alguém que estava na rua filmou dizendo ‘olha o que acontece com ladrão de moto’. “Isso tudo na verdade não aconteceu [o roubo]. Não foi a motivação, isso está desconstruído”, declarou. O delegado ainda classificou o homicídio de Osil como 'barbárie', e que nada justifica tal agressão.

Suspeitos

A Polícia conseguiu identificar três suspeitos, sendo um deles Douglas, que está com o pedido de prisão ainda em aberto. As diligências devem ser realizadas nesta quarta para efetuar a captura dele. Já no início da semana, ele se apresentou às autoridades, foi ouvido e negou que tenha agredido Osil.

No entanto, conforme aponta Fabricio Godinho, delegado do DP Sede do Guarujá, ele foi flagrado com um pedaço de madeira nas mãos. “Ele se põe no local do crime, reconhece pela imagem que está lá, só que ele fala que pegou a madeira para ninguém utilizar a madeira para bater na vítima. Ele pega a madeira do chão, e pelo vídeo, a imagem fica bem na coluna, e em seguida, já aparece a madeira batendo na cabeça da vítima, mas ele nega a autoria”, explica. 

Na versão apresentada em depoimento, segundo as autoridades, Douglas afirmou que alguém pegou a madeira de sua mão. No entanto, para a Polícia, não restam dúvidas de que o suspeito bateu em Osil.

Em entrevista ao Terra, o advogado de Douglas, Valdemir Santana, afirmou que Vanessa não tem nada a ver com a situação, que “coincidiu” de seu cliente ser ex-cunhado dela. A defesa também negou que o homem aparece agredindo Osil.

Ainda segundo o advogado, seu cliente trabalha em uma loja próxima de onde ocorreu a situação. Ouviu gritos da confusão e foi ajudar. “A prisão é desnecessária. Ele está colaborando com as investigações e se colocou à disposição da polícia judiciária", afirmou.

Outros dois homens também foram indiciados pelo homicídio, sendo um deles Ailton Lima dos Santos, mais conhecido como Yoda, que já teve a prisão preventiva pedida pela Polícia Civil, e está em apreciação no Poder Judiciário. Já a prisão do terceiro deve ser pedida ainda nesta quarta-feira. A identidade dele não foi revelada. 

O caso do homem linchado e morto no Guarujá, SP, teve uma reviravolta nesta segunda-feira (08/05).
O caso do homem linchado e morto no Guarujá, SP, teve uma reviravolta nesta segunda-feira (08/05).
Foto: reprodução redes sociais / Flipar

Ex-namorada é investigada também

Ao ser questionado se Vanessa foi a mandante do crime, o delegado Godinho afirma que todos estão passíveis de investigação. A hipótese surgiu após familiares apresentarem à Polícia um áudio enviado por Osil à parentes de Pernambuco informando que ela havia sido responsável por uma sessão de espancamento que ele sofreu anteriormente.

Apesar da informação de outro espancamento, não há registro na Polícia Civil sobre o fato. Mesmo assim, Vanessa foi chamada para prestar esclarecimentos, e contou que teve um relacionamento com Osil por cerca de 10 meses.

“Era um relacionamento muito conturbado entre idas e vindas, e ela resolveu se separar dele. Ele falou que ia tomar remédio, que ia tentar se matar, falou uma série de coisas”, declarou o delegado.

A psicóloga informou à investigação que estava atendendo um paciente quando a vítima chegou ao local, ‘muito transtornado’, e começou a quebrar algumas coisas. Na terça-feira, 9, o celular dela foi apreendido pela Polícia. Além do aparelho dela, o de Douglas também foi apreendido, e ambos devem passar por perícia nos próximos dias. O Terra tentou localizar Vanessa, mas até o momento, não teve sucesso.

“A gente não descarta nenhuma possibilidade. Vamos ouvir todo mundo se tiver que ouvir novamente, vamos ouvir novamente, Quantas vezes for necessário”, finalizou o delegado. 

Fonte: Redação Terra
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